O Livre foi o primeiro partido a ser ouvido, esta terça-feira, pelo Presidente da República, em Belém. O único deputado eleito pelo Livre, Rui Tavares, foi questionado sobre a possibilidade de uma ecogeringonça, tendo passado a bola ao PS.
“O lugar da Esquerda verde europeia será ocupado na Assembleia da República, um lugar de uma esquerda que pretende combater a crise ecológica e a crise social ao mesmo tempo”, assegurou Rui Tavares à saída do Palácio de Belém.
Questionado sobre a abertura para integrar uma ecogeringonça, apesar da maioria absoluta alcançada pelo PS nas eleições de domingo, Rui Tavares respondeu que “essa pergunta tem que ser dirigida ao partido que ganhou estas eleições com maioria absoluta”.
“E que tem que se saber se [o PS] vai ser fiel a essa ideia que deu antes de que uma maioria absoluta não seria um Governo ensimesmado, mas que funcionaria em diálogo com outros partidos”, desafiou.
O deputado Rui Tavares apontou um “erro que muitas vezes a Esquerda tem cometido. Seja em oposição ou na busca de oposições, [que é] concentrar-se sempre muito exclusivamente no Partido Socialista e nós tentaremos multilateralmente que todos os partidos de esquerda colaborem”.
Neste sentido deixou uma garantia: “O Livre não falará só com o PS e não limitará as suas interações na esquerda a encontros bilaterais com o PS”.
“Pediremos – aliás fazemo-lo sempre em qualquer órgão em que o Livre esteja representado – reuniões ao PCP, ao BE, ao PAN, a todas as forças do progressismo e da ecologia porque se encontrarmos as linhas de força conjuntas destes partidos, também é muito mais difícil que o Governo não tenha de encontrar caminho para fazer e construir diálogo com estes partidos”, adiantou.
O líder do Livre voltou, ainda, a reforçar a ideia de renovação de edifícios em Portugal, de casas “inseguras, onde se passa tanto frio”.
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