Sismo na Turquia e Síria

Quase 36.000 vítimas mortais do sismo na Turquia, anuncia Erdogan

Juntamente com a Síria, o terramoto causou um total de cerca de 41.000 mortos e o balanço deverá ainda aumentar dado que muitas vítimas continuam sob os escombros de dezenas de milhares de edifícios que ruíram.

Quase 36.000 vítimas mortais do sismo na Turquia, anuncia Erdogan
STOYAN NENOV

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que o número de mortos na sequência do sismo é de 35.814 em território turco. Este é agora o desastre mais mortal desde a fundação do país, há cem anos.

“Vamos continuar a trabalhar até que seja removida a última vítima debaixo dos escombros”, garantiu Erdogan após uma reunião com o organismo de socorro turco, AFAD.

O Presidente turco adiantou que mais de 150.000 pessoas ficaram feridas e pelo menos 13.000 continuam hospitalizadas.

Erdogan informou ainda que 47.000 edifícios, com um total de 211.000 residências, foram destruídos ou ficaram tão danificados que exigem a demolição.

Juntamente com a Síria, o terramoto causou um total de cerca de 41.000 vítimas mortais, avança esta manhã a agência Reuters.


Dezenas de milhares de sobreviventes ficaram desalojados. As organizações internacionais e os governos de muitos países continuam a intensificar esforços para levar ajuda aos territórios mais devastados pelo sismo que atingiu a Turquia e da Síria.

As Nações Unidas apelam à generosidade internacional e afirmam que são necessários 370 milhões de euros para os próximos três meses.

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Cerca de 26 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária

O diretor regional da Organização Mundial de Saúde( OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse que os números de vítimas "vão aumentar" nos próximos dias.

Na segunda-feira, um outro responsável da agência das Nações Unidas, o diretor do Departamento Regional de Emergências da OMS, Rick Brennan, já apontava para um número provisório de vítimas mortais superior: 40.943.

Na conferência de imprensa realizada esta terça-feira, Hans Kluge acrescentou que há cerca de 26 milhões de pessoas em ambos os países a precisar de ajuda humanitária e, segundo as autoridades turcas, "quase um milhão perdeu as respetivas casas e vive em abrigos temporários".

Uma delegação da ONU entrou esta terça-feira, pela primeira vez desde o sismo, nas áreas do noroeste da Síria, controlada pelos rebeldes, para avaliar as necessidades das populações afetadas.

A delegação das Nações Unidas entrou pelo posto fronteiriço de Bab al-Hawa com a Turquia, numa altura em que equipas de resgate e ativistas locais criticam os atrasos na chegada da ajuda internacional.