TAP: o futuro e as polémicas

Manuel Beja pediu a Hugo Mendes para mudar a lei de restrição de viagens

Durante a pandemia, a TAP queria alterar a lei de concessão de vistos para viagens consideradas não essenciais. O presidente do conselho de administração terá pedido a alteração da lei ao ex-secretário de Estado das Infraestruturas.

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Veio, esta terça-feira, a público outra polémica que envolve o Governo: o presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja, terá pedido a Hugo Mendes, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, para alterar a lei sobre as restrições de viagens durante a pandemia.

Foi precisamente por uma questão de cautela que, em setembro de 2021, o país ainda não estava totalmente livre das restrições impostos pela pandemia. As viagens não essenciais para países como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique ou São Tomé e Príncipe estavam ainda interditas.

Mas este facto estaria a causar constrangimentos à TAP. A companhia aérea estaria a perder mercado para companhias europeias rivais, sediadas em países que estavam a conceder o visto para os referidos país.

Por isso, segundo avança o Jornal de Negócios, Manuel Beja terá enviado um email a Hugo Mendes a perguntar se havia espaço para o Ministério dos Negócios Estrangeiros mudar a lei. A legislação seria alterada em março de 2022.

Hugo Mendes é nome repetidamente ouvido na origem das polémicas da TAP. No parlamento, Christine Ourmières-Widener admitiu também que terá sido alvo de pressões por parte do ex-governante. Também Alexandra Reis, na comissão de inquérito, apontou o dedo ao ex-secretário de Estado.