TAP: o futuro e as polémicas

António Costa não explica contradições sobre parecer da TAP: “Seria uma total irresponsabilidade”

António Costa recusa explicar as contradições sobre o parecer jurídico para os despedimentos na TAP. O primeiro-ministro diz que seria uma total irresponsabilidade interferir no trabalho do Parlamento e acusa Luís Montenegro de estar a usar a comissão de inquérito como arma de arremesso político.

António Costa
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Depois de uma semana a discutir um parecer que afinal não existe, os partidos queriam ouvir as explicações do primeiro-ministro, mas, em entrevista à RTP, refugiou-se no institucionalismo.

"Um primeiro-ministro deve manter uma postura institucional. Nós devemos respeitar as competências próprias dos outros órgãos de soberania. Agora, estar a interferir no processo da comissão de inquérito? Isso era o que mais faltava, seria uma total irresponsabilidade”.

PSD quer ter acesso a toda a informação que existe

O PSD já pediu para ter acesso à troca de emails entre serviços jurídicos envolvidos no processo, mas o Ministério das Finanças recusa por questões de confidencialidade.

"As comissões parlamentares de inquérito não é por acaso que têm alguns poderes que só as autoridades judiciárias têm. É porque devem de agir com esse sentido de imparcialidade, de isenção e não propriamente como arma de arremesso político", disse o primeiro-ministro, em entrevista à RTP.

Uma crítica ao PSD e direta a Montenegro que acusa de não estar não focado no essencial.

"Fico perplexo que alguém que tem a ambição de ser ter primeiro-ministro como Dr. Montenegro, em vez de adotar este comportamento institucional, confiar nas instituições e não se andar a pronunciar sobre o funcionamento da comissão de inquérito e deixar a comissão de inquérito desenvolver a sua atividade e aguardar como eu faço pelos resultados, a cada depoimento, quer transformar no episódio da semana", acrescentou António Costa.

Também o Chega exige explicações do primeiro-ministro.

"Vamos pedir que António Costa seja ouvido por escrito, como está regimentalmente previsto, sobre esta matéria e voltamos a apelar que o primeiro-ministro confirme ou não a existência de documentação jurídica sobre a TAP e se mantém a confiança nos seus ministros que parecem contradizerem-se todos os dias", disse André Ventura.