TAP: o futuro e as polémicas

Fuga de informação sobre a TAP: IL diz que Governo "encontra sempre um bode expiatório"

Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, pede explicações a António Costa sobre as sucessivas polémicas relacionadas com a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP e acrescenta que o Governo “é incapaz de assumir responsabilidades”.

Rui Rocha recebe o tradicional chocalho oferecido pela organização durante uma visita à 39.ª edição da Ovibeja.
Rui Rocha recebe o tradicional chocalho oferecido pela organização durante uma visita à 39.ª edição da Ovibeja.
NUNO VEIGA
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O presidente da IL alertou esta sexta-feira para a possibilidade de a investigação à divulgação de informações confidenciais sobre o processo da TAP ser usada como uma "manobra de diversão" para desviar as atenções daquilo que é essencial no processo.

Em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Ovibeja, Rui Rocha considerou que o PS "não está só à procura de encontrar responsáveis por essas fugas", mas sim a "tentar desviar as atenções" de toda a polémica que tem envolvido a demissão por justa causa da anterior presidente executiva da TAP.

“Que não se encontrem manobras de diversão para desviar o olhar dos portugueses”

"Independentemente de como surgiram, estas informações são hoje do domínio público e, portanto, o PS, o Governo e o próprio presidente da Assembleia da República não podem querer envolver-se nisto com o objetivo de paralisar o conhecimento e a descoberta daquilo que realmente aconteceu", insistiu.

"Se é meramente para investigar, muito bem, de acordo, investigue-se o que houver a investigar. Mas não se esqueça a informação que temos hoje em dia e que não se encontrem manobras de diversão, uma vez mais, para desviar o olhar dos portugueses da gravidade de tudo aquilo que está a ser conhecido", afirmou Rui Rocha.

Divulgação de documentos “é um ataque ao coração da democracia”

Na quinta-feira, o presidente da comissão de inquérito à TAP classificara a divulgação de informações confidenciais em órgãos de comunicação social como um "ataque ao coração da democracia", referindo-se à divulgação de mensagens de Whatsapp e de correio eletrónico, que envolvem o Governo, por alguns órgãos de comunicação social.

A comissão de inquérito à TAP pediu ao presidente da Assembleia da República que seja feita uma "investigação sumária sobre o cumprimento das regras legais" depois da divulgação de informações confidenciais em órgãos de comunicação social.