Retomados os trabalhos da comissão parlamentar já ao comando de António Lacerda Sales, o deputado do Chega lamentou, desde logo, o facto de ter tido conhecimento da demissão de Jorge Seguro Sanches através da comunicação social.
“Só tenho a lamentar que a comunicação social tenha ficado a saber primeiro do que nós”, assinalou, dizendo tratar-se de um “bom exemplo de fuga de informação de que o deputado Eurico Brilhante Dias fala".
Filipe Melo criticou ainda o facto no comunicado em que anuncia a sua saída, Seguro Sanches ter mencionado a “indisponibilidade dos deputados de participarem todos os dias” nos trabalhos da comissão de inquérito.
“Toda a gente sabe que a intenção do PS é que esta comissão acabe o mais breve possível, apure-se ou não os factos, apure-se ou não as verdades”, contestou o deputado do Chega.
A demissão pré-anunciada
Jorge Seguro Sanches anunciou, esta quarta-feira, a demissão da presidência da Comissão de Inquérito à TAP. A informação foi avançada pela SIC.
Em causa estava um acumular de situações que Seguro Sanches considera inaceitáveis. Desde a pressão dos partidos da oposição e do próprio PS para alterar a agenda dos trabalhos, até à alegada tentativa da oposição de atrasar o calendário e a conclusão do inquérito.
A comissão devia terminar a 23 de maio, mas essa data já esta definitivamente comprometida.
Já depois de ser oficial a demissão, o Grupo Parlamentar do PS sugeriu, e foi aceite, o nome de António Lacerda Sales para presidente da comissão.