TAP: o futuro e as polémicas

Das notas "com gralhas" ao "apagão" no WhatsApp: revelações do ex-adjunto de Galamba

No Parlamento, Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba, não poupou nas palavras em nome da “defesa da verdade dos factos”. Entre esses factos esteviveram as famosas notas que resultaram da reunião com a ex-CEO da TAP, mas também o anúncio de um “apagão” de mensagens no WhatsApp.

Das notas "com gralhas" ao "apagão" no WhatsApp: revelações do ex-adjunto de Galamba
José Sena Goulão/Lusa
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O ex-adjunto de João Galamba disse, esta quarta-feira, que "em momento algum" lhe pediram as notas da reunião preparatória de janeiro com ex-CEO da TAP, mas "sabiam da sua existência", e revelou um "apagão" às mensagens do telemóvel.

"Em momento algum me foram solicitadas as notas [da reunião preparatória] , sendo certo que sabiam da sua existência", afirmou Frederico Pinheiro na comissão de inquérito à TAP, referindo-se a uma reunião em 5 de abril, para abordar o tema da reunião preparatória do grupo parlamentar do PS com a ex-presidente executiva (CEO) da TAP, em janeiro.

Naquele momento, disse o ex-adjunto, foi comunicada a existência de notas, como sempre tirava, e que se tratava de um documento informal, "com gralhas".

"A dr. Eugénia Correia, que me pareceu desconhecer a reunião de 16 janeiro [entre o ministro João Galamba e a ex-CEO, Christine Ourmières-Widener] indicou claramente que não seria revelada a existência da reunião entre o ministro e a então CEO e indicou ainda que em caso de requerimento da comissão parlamentar de inquérito as notas não seriam entregues", afirmou Frederico Pinheiro.

Maria Eugénia Correia, chefe de gabinete de João Galamba, pediu então todas as comunicações entre Frederico Pinheiro e a ex-CEO da TAP, mas o ex-adjunto informou-a de que tal não era possível, uma vez que a gestora tinha a opção de apagar automaticamente as mensagens no WhatsApp ao fim de uma semana.

Segundo Frederico Pinheiro, Maria Eugénia Correia ordenou uma intervenção no telemóvel do ex-adjunto, que, segundo o inquirido, resultou num "apagão" das mensagens no equipamento.