João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP
MIGUEL A. LOPES

Terminado

TAP: o futuro e as polémicas

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

A audição de João Galamba centrou-se nas ditas “notas”, nos incidentes do roubo do computador, na intervenção do SIS, mas também sobre a não menos famosa reunião com a ex-CEO da TAP. O ministro começou a ser ouvido com quase meia hora de atraso.

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TAP já apurou montante a devolver por Alexandra Reis

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta noite ter informação de que a TAP já apurou o montante a devolver pela ex-administradora Alexandra Reis e que vai proceder à recuperação desse valor.

"A devolução da indemnização está a ser tratada, há algumas dúvidas processuais [...]. A informação que eu tenho é que a TAP já consolidou a sua interpretação e, portanto, já tem apurado o montante exato e que vai proceder a essa recuperação", afirmou o ministro, na comissão de inquérito à companhia aérea, quando questionado pelo deputado Bernardo Blanco, da IL, sobre em que ponto se encontra a devolução da indemnização paga a Alexandra Reis.

Galamba "é incriminado com declarações que ele próprio disse e demorou a perceber"

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Ricardo Costa considera que João Galamba protagonizou um momento "patético" no arranque da audição na comissão de inquérito à TAP quando confrontado com declarações que o próprio fez na conferência de imprensa de dia 29 de abril.

Ventura sai, entra Filipe Melo, mas substituição gera contestação

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

A comissão chega a um impasse quando o deputado Filipe Melo se apresenta no lugar de André Ventura, que abandonou a audição a meio.

Lacerda Sales questiona esta troca, mas dá a palavra ao deputado do Chega, admitindo que foi um erro da comissão permitir a troca de deputados. Filipe Melo contesta para dizer que está no direito o uso da palavra, segundo a lei.

O deputado bloquista, Pedro Filipe Soares diz que o Chega não pode querer uma lei à medida e acusa o partido de “aldrabice”.

Lacerda Sales volta a defender que devia ser André Ventura a fazer as questões a João Galamba durante toda a audição, mas devolve a palavra a Filipe Melo.

O deputado do Chega condena as acusações do BE e fala numa interpretação diferente da lei.

Enquanto o deputado do PS, Bruno Aragão, defende a leitura de Lacerda Sales, o PCP defende que não faz sentido permitir que Filipe Melo substitua André Ventura.

“Tendo compreendido tudo aquilo que os grupos parlamentares disseram, tudo aquilo que o deputado Filipe Melo disse e compreendendo, penso que não será necessário recorrermos a votação em plenário e que assumirei não transgredir a lei e daqui para a frente ter a suficiente cautela (…) para que, de hoje em diante, não se volte a repetir um episódio como este. O que não podemos fazer é reiterar no incumprimento da lei”, defende o presidente, impedindo, assim, o deputado do Chega de fazer questões a João Galamba.

Posto isto, Lacerda Sales dá a palavra ao deputado Bernardo Blanco, da Iniciativa Liberal.

Lucros da TAP não se devem a cortes

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

Questionado sobre o desempenho económico recente da companhia aérea portuguesa, João Galamba fala em “resultados excelentes” e ressalva que isto não quer dizer que os cortes na empresa não tenham tido impacto, mas “não aumentaram”.

"O grande responsável pelos excelentes resultados em 2022 deve-se ao crescimento, recuperação significativa do turismo e do crescimento da economia". Com isto, “não estou a dizer que os cortes não têm impacto no resultado, claro que têm”.

Tendo em conta os resultados do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, o ministro das infraestruturas alega que “a TAP está muito acima dos resultados já excelentes do ano passado, temos indicações de que depois de um excelente resultado em 2022, que deve deixar todos os portugueses satisfeitos, tudo indica que o ano de 2023 será muito muito positivo”.

O deputado do PSD, Paulo Rios, admite que até agora, a CPI não conseguiu apurar os factos e não tem certezas de nada até ao momento e exige que seja dita a verdade. Mas sobre a TAP, considera que os resultados de 2022 “foi vendida como uma coisa extraordinária”.

“Quanto é que significou nestes resultados o corte de salários e o aproveitamento, reporte de prejuízos, que veio da deliberação do Orçamento do Estado?”, questiona o deputado.

Além disso, também avança com uma questão sobre uma mensagem apagada pelo ministro durante um conversa com o Frederico Pinheiro no WhatsApp.

O sms apagado era irrelevante, eu apaguei porque achei que não era necessário, só faria sentido se ainda fizesse sentido presumir que Frederico Pinheiro era leal ao gabinete e a desempenhar as suas funções, por isso é que apaguei. Mando aquela mensagem que diz: ‘então não tinhas, manda lá os documentos’ e a seguir acrescento ‘como é que é possível tu criares estes problemas’".

De seguida, esclarece ao deputado que não tem o conteúdo “exato, mas era isto que ela dizia".

"Temos confiança" na nova administração da TAP

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

O deputado do PCP, Bruno Dias, avisa que as questões que vai colocar são sobre a TAP, nomeadamente, sobre o “presente e futuro da companhia”. As dúvidas foram colocadas num momento em que entram novos elementos para a administração.

“A missão da nova gestão é preparar a privatização ou se é desta que o estatuto de gestor público vai ser respeitado?”

"É desta que vamos ter gestores comprometidos com o interesse nacional?", continua o deputado.

No fundo, que medidas estão a ser ponderadas pelo Governo para reverter cortes e recuperar a capacidade de resposta operacional da TAP?

"A missão da nova gestão da TAP é cumprir o plano de reestruturação, conduzir bem os destinos da TAP, assegurar a paz social e negociar acordos de empresa compatíveis com a sustentabilidade da companhia”, responde Galamba.

“Temos confiança” no nova administração da TAP, garante o ministro.

O ministro das Infraestruturas admitiu ainda que não há atualmente contratos de gestão com os administradores da TAP, obrigatórios em empresas públicas, garantindo que "haverá, seguramente", e disse que as tutelas "tratarão da questão da comissão de vencimentos".

"Não há hoje contratos de gestão, mas haverá seguramente contratos de gestão", respondeu João Galamba ao deputado comunista Bruno Dias, na comissão de inquérito à TAP.

Os contratos de gestão assinados entre o Estado e os administradores de empresas públicas são obrigatórios e devem ser celebrados no prazo de três meses a partir da data de designação do gestor, conforme previsto no Estatuto do Gestor Público.

Naqueles contratos devem ser definidos os objetivos específicos a alcançar pelos administradores, com metas quantificadas.

Já relativamente à Comissão de Vencimentos da TAP, cujo presidente, Tiago Aires Mateus, apresentou demissão, João Galamba disse que as duas tutelas, Infraestruturas e Finanças, tratarão da questão, para completar os órgãos sociais da empresa.

Relativamente à ideia de a TAP se tornar uma companhia "subalterna" com a venda a um grande grupo de aviação, o também ex-secretário de Estado da Energia defendeu que a empresa tem um "ativo da maior importância relacionado com a transição energética" e que "esta dimensão da TAP jamais, em tempo algum, será subalterna", porque "Portugal não será um país pequeno, subalterno ou periférico na transição energética".

Primeira ronda terminada

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

Terminada a primeira ronda, Lacerda Sales quer continuar, mas é interrompido pelo ministro João Galamba, que pede uma pausa para fumar um cigarro.

“Preciso de fumar só um cigarro”.

“Cinco minutos, senhor ministro, pela sua saúde”, responde o presidente da comissão.

Que ameaças foram feitas ao ministro?

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

O deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco, questiona que ameaças fez Frederico Pinheiro contra o ministro no telefonema de exoneração.

“Essas ficam comigo. Mas foram ameaças físicas. Violentas”, assegura Galamba.

Assim sendo, recorda a cronologia dos seus telefonemas:

  • 20:40: Frederico Pinheiro para exoneração;
  • 21:10: duas chamadas para o Ministério da Administração Interna;
  • 21:13: chefe de Gabinete, Eugénia Correia;
  • 21:30: chefe de Gabinete, Eugénia Correia;
  • 21:52: secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro;
  • 22:53: ministra da Justiça;

Gabinete do primeiro-ministro aconselhou-o a contactar o SIS

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

O deputado Bernardo Blanco, da IL, tem mais questões sobre o envolvimento do SIS, mais concretamente sobre quem é que contactou. João Galamba sublinha que “na minha opinião, não me parece muito relevante, o que interessa são as razões”.

Esta iniciativa foi da chefe de Gabinete, frisa o ministro, acrescentando que apoia esta decisão.

Gabinete do primeiro-ministro aconselhou-o a contactar o SIS

O ministro das Infraestruturas revela que o conselho para contactar as Secretas saiu do gabinete do primeiro-ministro, nomeadamente, do secretário de Estado Adjunto, António Mendonça Mendes.

Lacerda Sales esclarece acesso a comunicações telefónicas

João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP

SIC Notícias

O presidente da comissão esclarece que o acesso a comunicações telefónicas só pode ser determinado por um juiz, tendo em conta a necessidade e proporcionalidade. Assim pede: “perante esta premissa, não querendo condicionar nenhuma matéria, seguíssemos o que é a lei”.