O deputado do PCP, Bruno Dias, avisa que as questões que vai colocar são sobre a TAP, nomeadamente, sobre o “presente e futuro da companhia”. As dúvidas foram colocadas num momento em que entram novos elementos para a administração.
“A missão da nova gestão é preparar a privatização ou se é desta que o estatuto de gestor público vai ser respeitado?”
"É desta que vamos ter gestores comprometidos com o interesse nacional?", continua o deputado.
No fundo, que medidas estão a ser ponderadas pelo Governo para reverter cortes e recuperar a capacidade de resposta operacional da TAP?
"A missão da nova gestão da TAP é cumprir o plano de reestruturação, conduzir bem os destinos da TAP, assegurar a paz social e negociar acordos de empresa compatíveis com a sustentabilidade da companhia”, responde Galamba.
“Temos confiança” no nova administração da TAP, garante o ministro.
O ministro das Infraestruturas admitiu ainda que não há atualmente contratos de gestão com os administradores da TAP, obrigatórios em empresas públicas, garantindo que "haverá, seguramente", e disse que as tutelas "tratarão da questão da comissão de vencimentos".
"Não há hoje contratos de gestão, mas haverá seguramente contratos de gestão", respondeu João Galamba ao deputado comunista Bruno Dias, na comissão de inquérito à TAP.
Os contratos de gestão assinados entre o Estado e os administradores de empresas públicas são obrigatórios e devem ser celebrados no prazo de três meses a partir da data de designação do gestor, conforme previsto no Estatuto do Gestor Público.
Naqueles contratos devem ser definidos os objetivos específicos a alcançar pelos administradores, com metas quantificadas.
Já relativamente à Comissão de Vencimentos da TAP, cujo presidente, Tiago Aires Mateus, apresentou demissão, João Galamba disse que as duas tutelas, Infraestruturas e Finanças, tratarão da questão, para completar os órgãos sociais da empresa.
Relativamente à ideia de a TAP se tornar uma companhia "subalterna" com a venda a um grande grupo de aviação, o também ex-secretário de Estado da Energia defendeu que a empresa tem um "ativo da maior importância relacionado com a transição energética" e que "esta dimensão da TAP jamais, em tempo algum, será subalterna", porque "Portugal não será um país pequeno, subalterno ou periférico na transição energética".