O ministro João Galamba diz que não pode manifestar uma posição sobre as alegadas agressões no Ministério das Infraestruturas dado que não estava no país, no entanto foi interveniente ao ter pedido auxílio às autoridades através de outros ministros.
O ministro das Infraestruturas afirmou na sua audição na comissão de inquérito à TAP que, por não ter estado presente, não pode relatar os acontecimentos, porém consegue descrever como procedeu face ao que lhe foi dito.
“Não sou uma das testemunhas, apenas recebi um telefonema da minha chefe de gabinete perturbada” com “um relato desesperado e a pedir ajuda” de Eugénia Correia. ”Não tenho razão nenhum para desconfiar, são cinco pessoas a dizer o mesmo", relatou.
De acordo com Frederico Pinheiro, este foi o “agredido, não o agressor”, mas Eugénia Correia, como as restantes pessoas do gabinete, já desmentiram o ex-adjunto e declararam que foram alvo de violência física quando tentaram recuperar o computador que Frederico Pinheiro queria levar do ministério.
"Ligaram-me a chorar porque tinham levado pancada", vincou o ministro.
Questionado por Pedro Filipe Soares sobre a "validade legal de encerrar o Ministério, de fechar as portas do edifício", Galamba disse não saber mas defendeu que face ao que estava a acontecer "parece ter sido razoável".
“O que me preocupa mais é a agressão, matéria que está a ser tratado pelas entidades competentes”, vincou.
Dado isso, o ministro ligou ao ministro da Administração Interna e à ministra da Justiça para chamar a PSP e a Polícia Judiciária.
A comissão de inquérito à TAP decidiu esta quinta-feira pedir as imagens do sistema de videovigilância do Ministério das Infraestruturas da noite de 26 de abril na qual terá havido agressões entre elementos do gabinete do ministro João Galamba.