TAP: o futuro e as polémicas

Mário Centeno não teve informações sobre a TAP na transição de governos

O antigo ministro das Finanças, que chegou ao cargo duas semanas depois da venda da TAP aos privados, disse não ter encontrado "qualquer informação" sobre a companhia na pasta de transição.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.
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Mário Centeno, que está a ser ouvido na comissão de inquérito parlamentar, afirma que a TAP não constava da pasta de transição dos governos em 2015.

O antigo ministro das Finanças assumiu a pasta no final de novembro de 2015, apenas 14 dias após a TAP ter sido vendida aos privados pelo governo liderado por Passos Coelho.

No ministério, garante não ter encontrado qualquer informação financeira sobre a companhia aérea, que pudesse ter sido deixada pela sua antecessora, Maria Luis Albuquerque.

"A pasta de transição, na dimensão TAP, era inexiste. Portanto, nem pens nem dossiers, não havia nenhuma referência à TAP", diz Mário Centeno.

No entanto, a informação aparece à medida que o governo do PS começa a tratar da prometida reversão da venda aos privados. Nessa altura, o antigo ministro foi confrontado com as polémicas cartas de conforto, uma espécie de garantia que os bancos a quem a TAP devia dinheiro exigiam ao Estado para dar luz verde à privatização.