Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo
MIGUEL A. LOPES

Terminado

TAP: o futuro e as polémicas

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Pedro Nuno Santos Santos volta ao Parlamento para responder aos deputados na comissão parlamentar de inquérito. Na semana passada, quando esteve na comissão de economia, recusou-se a falar sobre a indemnização a Alexandra Reis, razão que levou Pedro Nuno Santos a demitir-se.

Todo o direto

Liveblog chega ao fim

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Este minuto a minuto da audição do ex-ministro das Infraestruturas chega ao fim. Obrigada por nos ter acompanhado!

Pedro Nuno Santos "mentiu aos portugueses"

Análise José Gomes Ferreira e Bernardo Ferrão
Loading...

José Gomes Ferreira e Bernardo Ferrão, da SIC, analisam a intervenção de Pedro Nuno Santos na comissão parlamentar de inquérito à TAP e a sondagem SIC/Expresso sobre as eleições que não prejudicou o partido do Governo.

Pedro Nuno Santos volta ao Parlamento "como deputado"

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo
MIGUEL A. LOPES

O antigo ministro das Infraestruturas não está preparado para dizer adeus à política. Nesta comissão de inquérito garante que não é “candidato a nada” e que vai voltar à Assembleia da República como deputado no dia 4 de julho.

CP tem "dívida gigantesca", mas não recebeu injeção

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Temas relacionados com a TAP à parte, o deputado do PSD questiona o ex-ministro das Infraestruturas sobre a injeção que a CP recebeu durante o seu mandato. Pedro Nuno Santos corrige-o dizendo que a empresa ferroviária não recebeu nenhuma injeção.

“A CP tem uma dívida gigantesca”, que não sabe em que ponto está, “ao Estado, à DGTF. É uma operação contabilística, já está consolidada na dívida pública”.

Pedro Nuno Santos insiste que “não aconteceu” qualquer injeção de 3,8 mil milhões de euros.

Sobre as razões pelas quais a CP, apesar de apresentar uma “dívida gigantesca”, dá lucro. O antigo ministro explica que em muitas linhas o serviço “é e será deficitário por definição porque não são linhas lucrativas”, com exceção da do Norte.

“O Estado não tinha uma relação de justiça para com a empresa a quem atribuía obrigações e a CP foi-se apresentando desequilibrada do ponto de vista financeiro ao longo dos anos, porque permitia à CP endividar-se”, o que permitia à empresa sobreviver a troco de uma dívida crescente.

Processo Alexandra Reis "foi um erro"

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

André Ventura, do Chega, volta a perguntar sobre o processo Alexandra Reis, pelo que Pedro Nuno Santos repete que “não estava a acompanhar o processo” de saída da administradora e por isso recusa ter sido “negligente”.

“Sou confrontado no final do processo com um contacto do secretário de Estado sobre um valor, a que eu digo que acho que é muito alto. Depois no dia seguinte com outro valor em que me é dito que não é possível baixar mais”, informa Pedro Nuno Santos sobre o contexto em que se encontrava quando deparado com o processo de saída da administradora.

“Não me cabia a mim, naquele quadro, estar a fazer nenhum juízo sobre a legalidade, por isso é difícil estar a dizer-lhe que me arrependo de uma resposta que dou numa base de confiança da minha equipa, que por sua vez o faz numa base de confiança com a empresa. Obviamente desejava que não tivesse acontecido assim, foi um erro, um processo que correu mal e custou a minha permanência no Governo”, avança.

Nacionalização da TAP

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo
MIGUEL A. LOPES

A palavra é agora do PS. O deputado Hugo Carvalho toca no tema da nacionalização da TAP. Pedro Nuno Santos assinala que o que foi feito na TAP para a nacionalizar “parte do que existia, depende e estava condicionado pelo negócio” feito poucos dias antes, com Neeleman.

“A empresa já era de David Neeleman, o Estado já tinha assinado. Por isso, o acordo parcial era construído nessa base. É natural que o acionista privado tenha exigido um conjunto de condições. Obviamente que aquilo que é feito a seguir parte daquilo que existia, depende e estava condicionado pelo negócio que tinha sido acabado de fazer poucos dias antes”, esclarece Pedro Nuno Santos.

“Nacionalizar e não negociar significaria que haveria uma disputa judicial e que o Estado português poderia ser responsabilizado e ter de pagar”, sublinha. “Isto teria consequências imprevisíveis que queríamos evitar, também em termos de valor, e havia ainda outra variável que era o tempo”.

Já sobre o vencimento da CEO da TAP, Pedro Nuno Santos diz que Christine teve um “corte salarial à cabeça”, tendo a referência sido do seu antecessor. O ex-ministro adianta que terá sido um corte superior a “30%”.

Os 55 milhões de euros a David Neeleman

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo
MIGUEL A. LOPES

O deputado Pedro Filipe Soares retoma o tema dos 55 milhões de euros a David Neeleman na saída da TAP. O BE não vê este valor como “uma inevitabilidade”. O ex-ministro considera que “não é suposto ministros negociarem com advogados”.

“O Estado português tinha uma sociedade de advogados contratada e trabalha com ela, que faz uma apreciação da lei e um aconselhamento jurídico ao Estado. Havia aconselhamento jurídico e a leitura era diferente dessa que foi aqui apresentada. As decisões não são tomadas pela sociedade de advogados, foram tomadas pelo Governo em Conselho de Ministros. O Governo aceitou e aprovou que esse acordo fosse pago e foi assim que se processou. Não posso concordar com a ideia de que David Neeleman deu orientações para, conscientemente, vetar o acordo para provocar a insolvência. Nem vejo sentido nisso”, defende Pedro Nuno Santos.

"Parte do sucesso da TAP deve ser canalizado para quem foi alvo de sacrifícios"

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

O deputado comunista Bruno Dias lança a questão sobre os cortes salariais aos trabalhadores da TAP. Pedro Nuno Santos responde que sempre defendeu que só poderão ser revertidos “ou com novos acordos de empresa, que deem segurança sobre as relações profissionais para futuro" ”ou tendo a empresa a dar lucro".

“Parte do sucesso da TAP deve ser canalizado para quem na realidade foi alvo de sacrifícios muito intensos nos últimos anos, que foram os trabalhadores”, reconhece, rematando que este caminho pode ser acelerado.

“Não só participaram como contribuintes, mas participaram também com cortes salariais”, entende o ex-ministro.

Pedro Nuno Santos tece opinião sobre "salvamento da TAP"

Processo Alexandra Reis "foi um erro, correu mal e custou" lugar no Governo

Larisa Tiurbe

Em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal, Pedro Nuno Santos considera que “salvar a TAP” passa por ter a companhia aérea a operar nas comunidades portuguesas e países de língua portuguesa.

“Foi isso que foi feito. Darmos instruções para voar para aqui ou para ali é errado. Se houver razões de serviço público que justifiquem há uma razão adicional, mas é um processo também muito difícil e completo. O mesmo com as empresas portuguesas. A probabilidade de fornecerem uma companhia aérea é maior se a empresa operar em Portugal. Isso não quer dizer que o Estado dê orientações à TAP sobre que contratos deve fazer e com que empresas”, defende o ex-ministro das Infraestruturas.

Pedro Nuno Santos ligou a Frederico Pinheiro para saber "o que tinha acontecido"

Loading...

O ex-ministro das Infraestruturas admite que falou com Frederico Pinheiro na noite do episódio no ministério das infraestruturas, que culminou na demissão do ex-adjunto.