Na vez do deputado Filipe Melo, do Chega, para as perguntas rápidas, o deputado coloca algumas pertinentes e necessárias de esclarecimento, na sua ótica, tendo em conta as afirmações que Fernando Medina foi fazendo na comissão.
Em primeiro lugar, o deputado do Chega questiona se Fernando Medina está está arrependido de convidar Alexandra Reis para secretária de Estado do Tesouro, sendo alguém que desconhecia o estatuto de gestor público.
Em segundo lugar, o deputado esclarece que Jorge Bleck garantiu que houve contactos do Governo para apoiar na fundamentação jurídica no despedimento da CEO, já após do anúncio público do despedimento e Medina já teve oportunidade de negar esta afirmação. Posto isto, o deputado questiona se “estará o doutor Jorge Bleck a faltar a verdade?”.
Por último, Filipe Melo constata que o Ministro se contradiz nesta comissão ao dizer que tem a convicção plena que a comissão executiva estava a agir legalmente quando a justa causa implica julgamento culposo. Era legal ou houve justa causa?
Fernando Medina começa a responder pela última pergunta e lê os estatutos de gestor público, para sustentar que as afirmações que fez são ”totalmente congruentes".
“O que disse é que a única avaliação que o Governo tinha a responsabilidade e o dever de fazer pela o relatório da IGF era responder à pergunta se o pagamento de meio milhão de euros é grave ou não é grave, tendo sido considerada ilegal pela IGF. Governo não se pronuncia sobre a culpa”, esclarece Fernando Medina.
Relativamente ao Jorge Bleck, Fernando Medina refere que a participação da Vieira de Almeida foi “exata e circunscrita nos termos” que o ministro referiu: “depois de tomada a decisão de início de processo da demissão, foi necessário proceder à construção da decisão da assembleia geral da TAP feita com base no relatório da IGF, nesse âmbito reuniram-se as equipas do Ministério das Finanças, a Parpública, que se fez acompanhar com os seus advogados no dossiê da TAP, é nessa condição que a Vieira de Almeida está nessa reunião”.
Mais, Medina confessa que “não seria adequado que a VdA acompanhasse e saiu da reunião, não foi consultada nenhuma empresa adicional nesta matéria”.
Por último, o ministro das Finanças reafirma que é "falso que [a presença da VdA] fosse justificar a justa causa" e, nesse sentido, revela que irá remeter a carta de Jorge Bleck à Parpública onde esclarece tudo aquilo que aconteceu.