O ex-secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirma que “os políticos não são todos iguais” e, a propósito das mais recentes buscas no âmbito do caso TAP, assegura que “quem não deve não teme”.
Numa publicação na rede social Instagram dividida em sete pontos, Pedro Nuno Santos admite que “não correu tudo bem, a indemnização paga a uma administradora executiva é um desses exemplos”, mas reitera que “não foi cometido qualquer crime pelos membros do Governo” ou do gabinete que liderou.
O ex-dirigente socialista sublinha ainda que quando a negociação entre a CEO e Alexandra Reis terminou foi-lhe pedido “anuência política” e que, “tendo em conta que a TAP tinha sido assessorada por uma conceituada sociedade de advogados”, acreditou que a solução apresentada pela empresa era legal. Por essa razão, autorizou o pagamento porque “apesar do elevado valor da indemnização, era pior manter uma situação de conflito dentro da comissão executiva.”
“Não há muitos temas que tenham sido tão escrutinados quanto este (…) Neste momento, o Ministério Público está fazer o seu trabalho, no âmbito de um inquérito aberto em janeiro de 2023. Só desejo que possa ser concluído com a maior brevidade, para que fique definitivamente clara a minha participação neste dossiê, que tanto dano já me causou”, conclui Pedro Nuno Santos.
Buscas na TAP: um arguido no caso da polémica indemnização a Alexandra Reis
Uma pessoa foi, na terça-feira, constituída arguida na investigação à polémica indemnização paga à ex-administradora da TAP. A SIC sabe que o arguido faz parte da sociedade de advogados que assessorou a companhia aérea no despedimento.
Isto depois de a Polícia Judiciária (PJ) ter conduzido uma operação de buscas na sede da TAP, neste escritório de advogados em Lisboa e "em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo".
Nas diligências da PJ participaram 20 inspetores e especialistas de polícia científica, bem como procuradores da República e um juiz de instrução.