A NATO disse que está a "monitorizar a situação" e os Estados Unidos estão a ordenar a "saída imediata" dos seus cidadãos do Iraque e a explicar a ação junto de líderes mundiais, após um ataque dos EUA em Bagdade.
"A NATO está a monitorizar a situação na região de muito perto. Continuamos em contacto próximo e regular com as autoridades americanas", disse hoje um porta-voz da Aliança, reagindo à escalada de tensão entre os EUA e o Irão, após o ataque em Bagdade.
A NATO mantém uma presença militar limitada em território iraquiano, onde, a pedido do Governo de Bagdade, está a realizar uma missão para treinar as forças deste país para impedir o regresso do movimento terrorista do Estado Islâmico.
"A segurança do nosso pessoal no Iraque é fundamental. Continuamos a tomar todas as precauções necessárias", acrescentou o mesmo porta-voz.
Na manhã desta sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, anunciou que o ataque que vitimou o general iraniano de uma força de elite Qassem Soleimani seria vingado com graves consequências.
Também nesta sexta-feira o Presidente iraniano, Hassan Rohani, garantiu que o Irão e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos, na sequência do ataque aéreo norte-americano em Bagdade.
As precauções anunciadas pela NATO estão também a ser seguidas pelos serviços diplomáticos dos EUA que já avisaram os cidadãos norte-americanos para "sair imediatamente" do Iraque, preferencialmente por via aérea ou, se tal não for possível, para outros países vizinhos por via terrestre.
Entretanto, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, está a telefonar a vários líderes mundiais, explicando o ataque dos EUA e legitimando a decisão do Presidente Donald Trump de mandar abater o general Soleimani através de um ataque aéreo.
O Departamento de Estado disse que Pompeo já falou com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido e da Alemanha, bem como com o conselheiro de Estado da China, informando que os EUA continuam comprometidos com a diminuição das tensões no Médio Oriente.
Ao mesmo tempo, o ex-conselheiro de segurança nacional dos EUA John Bolton deu os parabéns a todos os que estiveram envolvidos na ação militar que permitiu abater o principal comandante militar do Irão no Iraque.
Na sua conta pessoal da rede social Twitter, John Bolton - que se demitiu do cargo de conselheiro de Trump em setembro de 2019, por desavenças de estratégia com o Presidente - disse que "este foi um golpe decisivo contra as atividades malignas" do Irão, acrescentando que espera que este seja "o primeiro passo para mudar o regime de Teerão".
Uma fonte oficial militar dos EUA admitiu esta sexta-feira que Qassem Soleimani foi vítima de um ataque com um avião não tripulado (drone) que atingiu dois veículos de uma caravana onde seguia o general iraniano.
A mesma fonte acrescentou que uma força militar norte-americana composta por 750 soldados chegou hoje a Bagdade, para reforçar a segurança na embaixada dos EUA.
O comandante da força de elite iraniana al-Quds, o general Qassem Soleimani, morrerram esta sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdade que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.