São 135 anos de história na gestão das regras daquele que é o desporto mais popular do planeta.
Inicialmente composto pelas quatro federações britânicas - não esquecer que o conceito de "futebol moderno" nasceu em Inglaterra -, hoje o IFAB tem uma estrutura lata e abrangente.
É composto por um "Board of Diretors" que funciona em ligação estreita com vários comités e sub-comités, onde constam figuras de relevo do futebol mundial: técnicos de arbitragem, ex-árbitros conceituados, treinadores de topo e ex-jogadores de renome.
É na sua reunião máxima anual (neste caso, a 135', que decorreu no passado dia 5 de março) que toma as decisões maiores relativamente às alterações às leis (a testar ou introduzir na época seguinte).
Para que se perceba a dimensão do que está em causa, o atual livro das leis (época 2020/21) tem 232 páginas, 105 das quais exclusivamente dedicadas às 17 regras oficiais do jogo.
O IFAB redige e publica cada versão em quatro línguas (inglês, francês, espanhol e alemão), mas se houver divergência na tradução para outras línguas (algo que compete a cada federação nacional), prevalece a que está redigida em inglês.
A aplicação das leis de jogo compete ao árbitro, tendo em conta o espírito subjacente a cada regra. Esse é o segredo do sucesso: decidir com base no saber técnico, sem esquecer o espírito subjacente. A ponte entre a letra da lei e a sua aplicação no relvado está nas mãos do bom senso.
Na prática, cada decisão deve equivaler àquilo que o futebol espera. Não o contrário. Nunca o contrário.
Este ano, as mudanças propostas passam essencialmente pela clarificação das infrações por "braço/mão na bola" e pela lei do fora de jogo.
Tudo para (re) nascer no próximo dia 1 de Julho...