Tragédia em Pedrógão Grande

Dezoito aldeias evacuadas em Góis

Nas últimas horas, cerca de uma centena de pessoas teve de ser retirada de casa, na zona de Góis, devido ao aproximar das chamas. O incêndio aumentou de tamanho nas últimas horas.

Dezoito aldeias evacuadas em Góis
PAULO NOVAIS/ LUSA

Última atualização às 16:27

Dezoito aldeias do concelho de Góis, no distrito de Coimbra, foram evacuadas, segundo o secretário de Estado da Administração Interna. "Temos as pessoas [100] concentradas numa igreja, onde estão a ser apoiadas pela Segurança Social e com uma segurança montada para que não haja qualquer tipo de problema", disse Jorge Gomes.

As localidades de pequena dimensão evacuadas "foram por precaução, mas o incêndio não chegou lá", acrescentou o governante, que falava aos jornalistas no posto de comando instalado na Selada do Braçal, junto à Estrada Nacional 112, que dá acesso à Pampilhosa da Serra.

Esta tarde, em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, tinha enumerado 11 das aldeias já evacuadas: Cadafaz, Sandinha, Candosa, Capelo, Corterredor, Cabreira, Aldeia Velha, Candosa, Carvalhal do Sapo, Tarrastal e de Folgosa.

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"Neste momento o que importa é a proteção das pessoas e é nisso que estamos a trabalhar. Pedimos às pessoas que não saiam das suas residências, pois a GNR está a efetuar um trabalho de muita proximidade com a população", disse o secretário de Estado.

O município de Góis faz fronteira com Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e com o concelho da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, para onde as chamas progrediram.

O incêndio que lavra desde sábado em Góis aumentou de extensão nas últimas horas devido às constantes mudanças de vento e são esperados mais reforços nas próximas horas.

Os meios terrestres [743 operacionais] que estão no terreno vão ser reforçados com mais 256 elementos, 40 dos quais espanhóis, que se vão juntar a outros 34 operacionais do país vizinho que já estão a combater as chamas, disse Jorge Gomes.

O secretário de Estado da Administração Interna adiantou que já estão a ser tomadas medidas para que uma ponta de fogo não entre no município da Lousã, que "costuma ser muito crítico".

O governante disse ainda que a Comissão Distrital de Proteção Civil vai reunir durante a tarde para analisar a situação.

Com Lusa