A pergunta, a que a Lusa teve acesso, é dirigida aos Ministérios da Saúde e da Administração Interna e os três deputados do PSD eleitos por Leiria (Teresa Morais, Pedro Pimpão e Margarida Balseiro Lopes) consideram que, "a confirmar-se", esta é uma situação de "extrema gravidade".
"O que justificou que um bombeiro ferido desde cerca das 20:00 tenha sido sujeito a uma espera de dez horas até chegar a um hospital?" é a pergunta que o PSD dirige ao Governo.
No texto, os deputados, que estiveram nos últimos dias na região, recordam que o bombeiro de Castanheira de Pera Rui Rosinha esteve envolvido no acidente em que morreu outro bombeiro, Gonçalo Conceição.
O acidente, na Estrada Nacional 236, a chamada "estrada da morte", onde morreram mais de 40 pessoas, aconteceu, segundo os deputados, cerca das 20:00 de sábado e o bombeiro só chegou ao hospital da Prelada, no Porto, dez horas depois, às 06:00 de domingo.
Questionam ainda por que motivo o bombeiro, com queimaduras, foi levado por duas vezes ao Centro de Saúde de Castanheira de Pera, uma "perda de tempo" se "já se tinha percebido que o paciente carecia de internamento urgente".
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que foi dado como dominado na tarde de quarta-feira, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 250 feridos.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 30 mil hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
Lusa