"A nossa intervenção foi feita em três fases. Uma primeira de apoio a quem estava na frente de batalha aos incêndios, com uma cozinha de campanha e em operações de rescaldo, vigilância e apoio sanitário urgente, em caso de necessidade", explicou Gouveia e Melo a propósito do incêndio que começou no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
O comandante operacional da Marinha adiantou que esta fase decorreu entre 18 de junho e 25 de junho, sendo que, posteriormente, o Ministério da Defesa determinou que a Marinha ficasse mais uma semana no terreno para apoiar as populações.
"Posteriormente, demos apoio para fazer o reconhecimento da situação no terreno e na primeira assistência urgente, bem como ajudar a Câmara na organização urgente de bens de primeira necessidade que terminou hoje", disse.
Estas duas fases exigiram um número de militares elevado, cerca de 150, sendo que a maioria que esteve no terreno pertence aos fuzileiros.
Este domingo, inicia-se a terceira fase, devidamente autorizada pelo Ministério da Defesa, com 20 homens no terreno e viaturas que vão ajudar a passar a responsabilidade às entidades civis e da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, etapa que se estima em mais alguns dias.
"A terceira fase é uma fase para ajudar e passar a responsabilidades às entidades civis e da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, que se estima em mais alguns dias", disse o responsável.
A Marinha tem desenvolvido uma base de dados que será posteriormente entregue â Câmara de Pedrógão Grande.
O vice-almirante Gouveia e Melo esteve este domingo presente na Igreja Matriz de Pedrógão Grande, onde foi celebrada uma missa com o pároco local e o capelão dos fuzileiros.
No final, o presidente do município, Valdemar Alves, deixou um "grande agradecimento" a todas as entidades que têm dado apoio à população do concelho, com especial enfoque na Marinha e nos fuzileiros que têm estado no terreno a apoiar a autarquia e as populações e a EDP, que segundo disse, em 48 horas restabeleceu a energia elétrica em quase todo o concelho.
"Vocês [Marinha] vão ficar na alma dos pedroguenses. Muito obrigado", concluiu.
Lusa