O julgamento de 11 arguidos para apurar responsabilidades nas mortes dos incêndios de Pedrógão Grande em 2017 prosseguiu esta terça-feira no tribunal de Leiria.
Foi ouvido o engenheiro florestal António Salgueiro, um dos elementos da Comissão Técnica Independente, que afirmou que a meio daquela tarde deixou de haver capacidade de extinção das chamas, independentemente dos meios, e que nenhum país está preparado para um fogo daquela magnitude.
Num testemunho mais técnico, mas ainda assim baseado num relatório feito a 12 mãos, a testemunha disse que para enfrentar aquela catástrofe natural seria preciso não um posto de comando, mas um estado maior com especialistas em diversas áreas.
Com a magnitude do fogo e intensidade, segundo António Salgueiro, talvez nem com os 10 metros de faixa de combustível limpos de cada lado da estrada tivesse sido possível evitar as mortes.