O Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses diz que o comandante de Pedrógão Grande tudo fez para evitar as mortes ocorridas em junho de 2017. António Nunes defende que quem deveria estar a ser julgado era todo o sistema que falhou e não os bombeiros.
O Ministério Público (MP) recorreu da decisão do Tribunal de Leiria que absolveu todos os 11 arguidos do processo. Em causa estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.
No recurso, o MP aponta contradições na decisão que absolveu o comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande no julgamento das mortes do grande incêndio de 2017. O Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses tem uma opinião contrária e defende não era Augusto Arnaut quem deveria estar sentado no banco dos réus.
A falta de limpeza nas faixas de 10 metros de cada lado das estradas é ponto central na discordância entre a procuradora e o coletivo de juízes para apresentação deste recurso. O tribunal de Leiria entendeu que a violência do incêndio foi tão forte que mesmo que a limpeza tivesse sido feita isso não teria bastado para evitar a tragédia.