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Diretor-geral da OMS diz que terceira dose é "um erro moral"

Tedros Adhanom Ghebreyesus lembra que há países que ainda não conseguiram dar a primeira dose à população.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 é um erro moral, técnico e político. Lembra ainda que não há dados conclusivos sobre os benefícios e a segurança da toma de doses adicionais.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, volta a sublinhar que avançar com doses adicionais quando há uma grande parte da população mundial que continua sem receber a vacina é imoral e tecnicamente errado.

O apelo tem sido, no entanto, ignorado por países como Israel, Alemanha ou França. Os Estados Unidos foram mais longe e planeiam dar uma terceira dose de reforço a toda a população já a partir de setembro. A Pfizer já deu início ao processo de pedido de autorização para a terceira dose.

No entanto, nas ruas norte-americanas, há ainda muitos que recusem a toma da primeira. O país tem registado um aumento de casos, e vários estados estão a recuar nas medidas: no Oregon vai ser obrigatório, já a partir de sexta-feira, o uso de máscara mesmo ao ar livre; em Nova Iorque e na Califórnia, voltou a ser implementada a mascar nas escolas.

Também o Japão foi obrigado a recuar com a imposição de novas medidas em 33 das 47 prefeituras, em quase metade foi declarado o estado de emergência. O objetivo é tentar travar o aumento de casos e de hospitalizações por causa da variante Delta.

Na Austrália, é também a variante Delta que está a ser mais difícil de controlar: o país superou, nas últimas 24 horas, as mil infeções diárias pela primeira vez desde o início da pandemia.