A Áustria entra em confinamento geral na segunda-feira e, a partir de Fevereiro, será obrigatória a vacina para a covid-19, com o chanceler austríaco a justificar que é preciso enfrentar a realidade.
Nas províncias de Salzburgo e da Alta Áustria, há falta de camas hospitalares.
Foram já criados comités de triagem para decidir o acesso dos doentes de covid-19 aos cuidados intensivos.
Esta semana, nalguns hospitais, houve mesmo cadáveres abandonados nos corredores devido à sobrelotação das morgues.
Em território austríaco, há mais de quinze mil novas infeções diárias.
Com a previsão ainda do aumento das infeções, eis a medida mais drástica de controlo da pandemia: vacinação obrigatória.
As únicas exceções abrangem, para já, apenas os mais novos e algumas situações concretas
"É preciso enfrentar a realidade", justifica o Governo de Viena para decretar também a vacinação obrigatória já a partir de 1 de fevereiro.
Só 66% dos austríacos estão vacinados, uma das mais baixas taxas do mundo ocidental.
Na Europa, apenas o Vaticano, e no resto do planeta, só dois estados autoritários, como o Tajiquistão e o Turquemenistão, e ainda o território autónomo francês da Nova Caledónia, decretaram a vacinação obrigatória.
As medidas agora anunciadas foram já contestadas.
Para sábado, a extrema-Direita austríaca convocou manifestações anticonfinamento, contra os certificados sanitários e o atual plano de controlo da pandemia.
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