O primeiro-ministro britânico Boris Johnson recebeu esta sexta-feira a sua primeira dose da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca, um dia depois de os reguladores britânicos e europeus terem dado renovadas garantias sobre a segurança do imunizante.
"Não senti, literalmente, nada", disse na televisão o líder dos conservadores, de 56 anos, que foi vacinado no St Thomas' Hospital em Londres, onde passou três dias nos cuidados intensivos em abril de 2020 com covid-19.
"Não a posso recomendar o suficiente", acrescentou Boris Johnson, encorajando os seus compatriotas a tomarem a vacina, considerando que é o "melhor para todos".
EMA garante que é "segura e eficaz". Países retomam administração
Depois de a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ter concluído, na quinta-feira, que a vacina do grupo sueco-britânico era "segura e eficaz", vários países europeus retomaram a sua administração, depois de ter estado suspensa devido a receios de efeitos secundários graves, incluindo coágulos e tromboses.
Vacinação no Reino Unido
O Reino Unido tem uma campanha maciça de vacinação desde o início de dezembro, tendo administrando mais de 26 milhões de primeiras doses de vacinas contra a covid-19.
Só na quinta-feira, foram injetadas 660.276 doses.
O país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 126.000 mortes, o Reino Unido está a utilizar vacinas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca, desenvolvidas com a Universidade de Oxford.
Uma terceira vacina, da Moderna, foi aprovada pelo regulador britânico e deverá estar disponível "nas próximas semanas", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, na quinta-feira.
Apesar de uma queda no fornecimento de vacinas prevista para abril, Johnson disse que o plano para o levantamento gradual das restrições relacionadas com a pandemia nas próximas semanas não será afetado.
O objetivo do governo continua a ser dar uma primeira dose da vacina contra o novo coronavírus a todos os maiores de 50 anos até meados de abril e a todos os adultos até ao final de julho.