O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) recomenda duas tomas da vacina contra a covid-19 para quem já esteve infetado.
De acordo com o jornal Público, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também o defende e diz que a administração de duas doses é, sobretudo, importante para pessoas mais velhas e com risco acrescido de desenvolver sintomas graves da covid-19.
Em alguns países europeus, como a Bélgica, Polónia e Dinamarca, assim como nos Estados Unidos e Reino Unido, as pessoas que já estiveram infetadas estão a receber duas doses da vacina.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda não se pronunciou sobre as duas tomas para os doentes recuperados da covid.
A recomendação é para receberem apenas uma dose, seis meses depois de terem estado infetados.
Luz verde para a terceira dose da vacina covid-19 para imunodeprimidos
Deverá ser publicada na próxima semana a norma que permite a vacinação com a terceira dose de doentes com o sistema imunitário suprimido.
O Ministério da Saúde não vai esperar pelas recomendações da Agência Europeia do Medicamento.
A vacinação destes doentes deverá ocorrer nos hospitais e cabe aos médicos decidir quem deve ou não tomar mais uma dose.

Não se trata de um reforço geral da vacinação. Abrange apenas cerca de 100 mil pessoas, como doentes infetados com o vírus da Sida, transplantados e doentes oncológicos que fizeram ou estão a fazer medicação que prejudique o sistema imunitário, como a quimioterapia.
Ainda em estudo está a hipótese de vir a avançar mais tarde o reforço vacinal de 1,5 milhões de idosos cujo sistema imunitário é mais vulnerável.
A SIC sabe que a ministra da Saúde já não vai, afinal, esperar por recomendações da Agência Europeia do Medicamento que, até hoje, ainda não recebeu dos laboratórios pedidos formais para a administração da terceira dose.
Marta Temido, com base em vários pareceres e estudos científicos internacionais, decidiu, por isso, dar de imediato luz verde à proposta da comissão técnica de vacinação, validada pela Direção-Geral da Saúde.
De acordo com o parecer, a vacinação deverá ocorrer nos hospitais e a palavra final pertence aos médicos assistentes, a quem cabe a responsabilidade de avaliar quais os doentes que devem ou não tomar mais uma dose da vacina.