João Carvalho, fundador do festival e atual diretor do Vodafone Paredes de Coura, esteve à conversa com as jornalistas Graça Costa Pereira e Sílvia Lima Rato, no videocast “Couraíso”.
À SIC Notícias, falou sobre a primeira edição do festival, o então chamado Festival de Música Moderna Portuguesa de Paredes de Coura.
“É um bocado exagerado chamar-lhe festival, mas era a coisa mais importante das nossas vidas. Tivemos que montar o palco de madeira com carpinteiros da Câmara Municipal, fizemos nós a cola com farinha e água para colar os cartazes”.
Em 1993, 1994 e 1995 a entrada para o festival era gratuita. O salto para a edição paga foi dada em 1996, mas sem grandes certezas. João Carvalho foi um dos opositores ao bilhete pago, - na altura custava 1.000 escudos - porque entendia que ia contra os princípios do festival e reaceava que as pessoas deixassem de ir a Coura.
Também recorda que, nas primeiras edições, os convites às bandas eram enviados por carta ou feitos a partir do telefone do café, uma vez que não havia telemóveis nem fax.
“As bandas ficavam contentes, mas perguntavam: onde fica Paredes de Coura?”, contou o fundador do festival.
Apesar de o caminho ter sido “sinuoso”, “com alguns aborrecimentos, inclusive, com a família”, o Vodafone Paredes de Coura chega este ano à 30.ª edição. Arranca esta quarta-feira com Dry Cleaning, Yo La Tengo, Frank Carter & The Rattlesnakes, Jessie Ware e Bicep no palco principal.