As rendas da habitação em Portugal subiram 6,4% nos novos contratos realizados durante o primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2021, segundo os dados provisórios revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano das novas rendas em Portugal foi de 6,16€ por metro quadrado no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 6,4% para o mesmo período do ano passado.
Dados provisórios do INE revelam ainda assim que o valor das rendas desceu 1,4% face ao último trimestre de 2021.
Comparando os primeiros três meses de 2022 e do ano passado, o maior aumento deu-se na região autónoma da Madeira, onde a renda mediana subiu mais de 18%, seguida dos Açores e da região de Leiria, ambas com as rendas a crescerem mais de 10%
A Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a mais cara, com os novos contratos de arrendamento a atingirem os 9 euros e 10 cêntimos por metro quadrado. Uma diminuição de 1,1% face ao trimestre anterior, mas mais 6,7% em relação ao período homólogo.
No topo das novas rendas mais caras, seguem-se o Algarve, um pouco acima dos 7 euros por metro quadrado e a região Autónoma da Madeira.
Já na Área Metropolitana do Porto, a mediana desceu quase 4% perante o último trimestre para os 6 euros e 58 cêntimos o metro quadrado. Mas em termos homólogos o preço das novas rendas para habitação subiu 7,2%.
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, o Funchal foi o que teve mair subida. Quem quis arrendar casa teve de pagar mais 17,2% do que nos primeiros três meses de 2021. Matosinhos e Famalicão acompanharam no pódio, com subidas acima dos 14%.
O concelho de Lisboa continua a ser o mais caro do país. Os novos arrendamentos atingiram os 12 euros por metro quadrado, quase o dobro da mediana nacional, o que representou 9,7% de aumento face ao mesmo período de 2021.
Jornalista: Ricardo Venâncio