Quando Jorge Fernandes terminou a sua formação em Agronomia, em 1999, decidiu regressar à sua terra-natal, o Vimioso, e exercer a apicultura em paralelo com outras ocupações. “No início, não percebia nada do tema, comecei a pesquisar e a estudar e acabei por me apaixonar pelo maravilhoso mundo das abelhas”, explica.
Além disso, a zona montanhosa do nordeste de Portugal, meio desertificada e praticamente sem atividade agrícola intensiva, com uma vegetação espontânea extremamente rica, fornecia condições excecionais para produzir, em modo biológico, um produto de excelência.
Começou, então, com apenas 20 colmeias, mas em poucos anos chegou às 450. “Nesse ponto, tive de parar para pensar: ou continuava assim ou dava um cariz mais empresarial àquela ocupação. Optei pela segunda e criei a BioApis, em 2008”, explica.
Atualmente, estão ativas entre 800 a 900 colmeias, que produzem, cada, cerca de 16 quilos de mel por ano, nas variedades de urze, castanheiro e rosmaninho, mas tem capacidade para mais.
O objetivo no futuro é redimensionar e alavancar o negócio, que abrange toda a cadeia desde a produção à venda ao consumidor. Ideias não faltam, incluindo um plano de recuperação de efetivos (abelhas) já em andamento, uma loja online e um projeto turístico à volta da ancestral atividade apícola e do incrível universo destes insetos tão importantes na natureza, pois são os responsáveis pela polinização de variadíssimas flores, árvores e plantas indispensáveis à vida.
SUGESTÃO boa cama boa mesa
Reconhecida pelo seu mel biológico, a BioApis promove cursos de formação de “sensibilização apícola”. Para tal, existe um apiário experimental e aulas práticas no campo.
