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Trabalhadores dos CTT em greve contra privatização

Os trabalhadores dos correios vão estar em  greve na sexta-feira contra a privatização total da empresa, que prevê que  a distribuição de correspondência seja assegurada e que as lojas funcionem  normalmente, disse hoje fonte dos CTT. 

Almeida Honório deixou os CTT porque entrou para a comissão executiva  do BES, presidida por Vitor Bento. 
© Hugo Correia / Reuters

"Tendo em conta o que se passou na greve realizada no final de novembro,  a empresa não tem grandes preocupações quanto à distribuição de correio,  que deverá decorrer com normalidade, e as 624 lojas também deverão estar  todas abertas na sexta-feira", disse o responsável pelos recursos humanos  dos CTT, António Marques, à agência Lusa.  

Segundo António Marques, caso haja algum atraso devido à paralisação,  será recuperado no dia seguinte. 

Nos dias de greve, os Correios dão prioridade ao correio azul, registado  e expresso, e ao correio social (vales de prestações sociais). 

A paralisação de sexta-feira, que começa às 0:00, foi convocada pelo  Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT),  e por outros três sindicatos, e abrange todo o pessoal dos CTT.   

A greve não afeta os postos de correio explorados por parceiros dos  CTT, nem os transportes de correspondência, que são assegurados por empresas  externas. 

A maior parte do capital dos CTT - Correios de Portugal, 70%, foi privatizada  este ano, com dispersão em bolsa. 

Numa primeira fase, o Estado, através da Parpública, fica com 30% dos  CTT, mas a médio prazo, o Estado deverá sair da empresa. 

Ao longo do ano, os trabalhadores dos CTT fizeram várias greves relacionadas  com questões remuneratórias, subsídios de férias e de Natal, progressão  na carreira e o pagamento de diuturnidades, do trabalho suplementar, das  ajudas de custo e de transporte. 

Lusa