A Proteção Civil alertou, esta segunda-feira, para a possibilidade de ocorrência de cheias e deslizamento de terras devido à previsão para os próximos de dias de chuva persistente e "por vezes forte", em especial nas regiões do Norte e Centro.
Num aviso à população, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) dá conta que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para os próximos dias, chuva persistente e "por vezes forte" em especial no Norte e Centro, vento que será mais intenso no litoral, a norte do Cabo Raso e nas terras altas e agitação marítima, com ondulação de noroeste até cinco metros a partir da próxima madrugada no litoral norte e centro e a partir da tarde de terça-feira na região sul.
A ANEPC indica também que os acumulados nas próximas 72 horas vão ser mais expressivos nas bacias do Minho, Lima, Cávado, Ave, Tâmega, Paiva, Vouga, Mondego e Douro, podendo ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis.
Face a esta situação, a ANEPC alerta para a ocorrência de inundações em zonas urbanas, de cheias, deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência dos incêndios rurais, bem como o arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas por causa de episódios de vento forte.
A Proteção Civil sugere ainda à população a adoção de comportamentos adequados, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, como a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, fixação de estruturas soltas e especial cuidado na circulação junto de áreas arborizadas e em zonas ribeirinhas.
Segundo a ANEPC, deve ser adotada uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias.
As sete recomendações a ter em conta
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.