O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê que a partir de hoje, as temperaturas vão baixar e a humidade vai aumentar. Nuno Lopes, meteorologista no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), diz que a intensidade do vento também vai diminuir. A conjugação destes fatores irá ajudar no combate aos incêndios. Para os próximos dias, Nuno Lopes adianta que "está prevista a passagem de um sistema frontal e na próxima semana vamos ter um período com precipitação”, que poderá ocorrer já nos próximos dias em algumas zonas do país.
Para esta quarta-feira “vamos já ter uma descida das temperaturas, mas o fator que vai mais contribuir para a melhoria das condições é mesmo o vento”.
“Na zona Norte ainda temos muito vento esta hora, vento de Leste, mas à medida que a manhã for avançando, esse vento vai diminuindo de intensidade e vamos começar a assistir a uma rotação do vento para Sul. De um modo geral, o vento vai mesmo, vai mesmo enfraquecer, embora nas terras altas ele possa ter momentos ainda vá soprar moderado. Essa contribuição de Sul também vai permitir que possamos ter um bocadinho mais de de umidade. Já é notório na nossa rede de observações o aumento da humidade”, explica o meteorologista do IPMA.
Uma alteração nos grandes sistemas vai trazer ar com maior conteúdo em vapor de água e a zona Sul, até à região do Vale do Tejo, já tem muita nebulosidade esta quarta-feira.
“Vamos ter um período com precipitação que poderá ter alguma intensidade”
Questionado sobre se esta situação meteorológica em que entramos esta quarta-feira vem para ficar, o meteorologista afirma:
"Vamos ter um período com precipitação que poderá ter alguma intensidade. Para a semana temos uma situação completamente diferente na passagem de um sistema frontal, um cenário um bocadinho diferente mesmo já a sinalizar o final do verão, agora não significa isto que não possamos voltar a ter um novo período quente e com vento um bocadinho mais intenso".
Sobre a situação a que se tem assistido nos últimos dias, "não foi individualmente nenhum parâmetro meteorológico que levou esta situação, foi a conjugação de diversos parâmetros meteorológicos, aliada a uma situação de seca que realmente foi bem notória, pelo menos no último mês e meio pouco choveu", acrescenta Nuno Lopes.