A depressão Martinho provocou mais de 4.000 ocorrências. A atualização foi feita esta manhã pla Proteção Civil. Desde a meia noite de quarta-feira, as autoridades tiveram de dar resposta a cerca de 4.200 pedidos de socorro, a maior parte respeitante a quedas de árvores. A Grande Lisboa e a Península de Setubal foram as regiões mais afetadas.
"Houve uma grande multiplicidade de ocorrências, estamos a falar de mais de 4.000, tendencialmente houve sítios no país onde a resposta possa ter sido um pouco mais tardia, porque os meios são finitos e a capacidade de resposta também é finita", explica André Morais, que sublinha que na grande maioria dos casos a resposta foi rápida.
A Proteção Civil está neste momento empenhada, juntamente com os 'First Responders', que são os bombeiros, os sapadores florestais, a GNR, a PSP, a dar uma resposta e estamos numa fase de recuperação. No ciclo da emergência, a resposta foi dada durante a noite às diversas ocorrências e a salvaguarda de pessoas e bens e, neste momento, existe a recuperação que é a reposição da normalidade ou a tentativa da reposição da normalidade que também envolve um grande número de operacionais", acrescenta.
O especialista em Proteção Civil sublinha também a importância de ter em conta os avisos à população e lamenta que muitas vezes sejam descurados.
"A população mais jovem continua a fazer o seu treino desportivo quando havia um aviso laranja para a população. (...) Quando existe um aviso laranja ou vermelho, o amarelo também, mas um laranja e um vermelho, tem que nos obrigar enquanto sociedade a perceber que existe a probilidade de ser um evento gravoso e que nos traga dano diretamente a nós pessoas e para isso criar as nossas medidas de autoproteção", realça o especialista.
André Morais sublinha que com ventos fortes, como os registados durante a madrugadam de mais de 80 quilómetros, ou mesmo 100 quilómetros/hora em alguns locais, "tudo o que sejam objetos que possam estar soltos, infraestruturas que não estejam devidamente fixas, seja no nosso imóvel ou na via pública, têm que ser fixas".