"Estou a preparar o exército de Israel para uma guerra em grande escala", disse o general Gabi Ashkenazi a uma delegação do congresso norte-americano chefiada pelo democrata Ike Skelton a 15 de novembro de 2009, citado por um funcionário da embaixada norte-americana em Telavive num telegrama.
"A ameaça de disparos de roquetes contra Israel é mais grave do que nunca. É por isso que Israel atribui tanta importância à defesa anti-míssel", acrescentou o general.
Segundo o Chefe de Estado-maior, o Irão teria cerca de 300 mísseis Shahab com que poderia atingir Israel, enquanto que Estado hebreu não teria mais de dez a doze mísseis para responder a esse provável ataque.
Ainda assim, para o general as principais ameaças contra Israel partiriam do grupo libanês Hezbollah e sobretudo do Hamas, que controla Gaza, e com quem Israel estaria "em processo de colisão".
Ashkenazi acreditava mesmo que o movimento radical islâmico seria "capaz de bombardear Telavive, onde se encontra a maior concentração de população israelita".
Entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, a ofensiva israelita na faixa Gaza provocou cerca de 1400 mortos entre os palestinianos, a maioria civis, e 13 vítimas entre os israelitas, incluindo dez militares.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Lusa