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UE apela à demissão imediata de Kadhafi e condena violência contra a população civil

Os líderes europeus apelaram hoje à demissão imediata de Kadhafi e condenaram violência contra a população civil líbia.

© STR New / Reuters
Reunidos em Bruxelas, os líderes europeus decidiram estudar "todas as opções" possíveis para "proteger a população civil" da Líbia, desde que exista uma base jurídica "clara" e um apoio na região, anunciou o presidente da UE, Herman Van Rompuy.



"A segurança dos cidadãos deve ser assegurada por todos os meios necessários", afirmou no final de uma cimeira extraordinária de líderes europeus para discutir a situação no norte de África e, em particular, o conflito na Líbia.



Barroso sublinha que Kadhafi "tem que partir"



O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu a necessidade de se "intensificar a pressão internacional" sobre o regime de Kadhafi para que este abandone o poder na Líbia.



"Deixem-me ser claro: temos um regime que se vira contra o seu povo quando este luta pela democracia. Não é tempo para ambiguidades. O problema tem um nome, Kadhafi, e ele tem que partir", disse Durão Barroso, acrescentando que esta abordagem foi decidida "unanimemente" pelo Conselho Europeu de hoje.



Segundo o presidente do executivo comunitário, não há mais tempo a perder.



"O tempo está a esgotar-se e temos que intensificar a nossa pressão internacional para o regime atual abandonar o poder", defendeu.



Durão Barroso reiterou o apoio da União Europeia aos processos de transição democrática que estão em curso nos países árabes, sublinhando que "o desejo de mudança vem de dentro dessas sociedades, não é imposto de fora", e anunciou que a UE proporá uma cimeira tripartida com a Liga Árabe e a União Africana para debater a questão.



UE considera que oposição a Kadhafi é interlocutor "legítimo"



"A oposição em Benghazi é considerada um interlocutor político legítimo", disse Herman Van Rompuy.



Os líderes europeus "saúdam e encorajam o Conselho Nacional de Transição (CNT), sedeado em Benghazi ".