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Embaixada já contactou com mais de 60% dos portugueses no Japão

A embaixada portuguesa no Japão já contactou com mais de 60 por cento dos portugueses que vivem nos locais mais difíceis, incluindo dois que habitam em Sendai, a zona mais afetada pelo sismo e tsunami de sexta-feira.

O embaixador português em Tóquio, José Freitas Ferraz, contou hoje à agência Lusa que já foram sentidas "mais de 100 réplicas de sismos" na capital, depois do terramoto de magnitude 8,9 na escala de Richter registado na sexta-feira.



Contudo, apesar do violento sismo e o subsequente maremoto, que afetaram o nordeste do Japão e que terão já provocado mais de 700 mortos, Tóquio passou um dia "calmo, com menos pessoas na rua, mas muitas lojas abertas a tentar recuperar a normalidade".



"Os transportes públicos estão a funcionar entre 30 a 50 por cento, as pessoas estão a tentar voltar à normalidade. Os japoneses têm um civismo muito apurado e reagem, regra geral, de forma contida. Há muita informação na televisão e nas redes sociais", adiantou o diplomata.



Quanto aos cidadãos portugueses, José Freitas Ferraz referiu que já conseguiram contactar mais de 60 por cento dos portugueses que vivem nas zonas mais difíceis através de telemóvel, correio eletrónico, da página do Facebook e dos blogues criados para o efeito.



Os três portugueses que vivem na zona de Sendai, a mais afetada pelo sismos e tsunami, foram contactados de forma indireta e estão bem, faltando apenas falar com uma pessoa que vive na região.



"As comunicações para aquela região são muito difíceis e pedimos ajuda à Cruz Vermelha Internacional e com as equipas de salvamentos japonesas", indicou.



O embaixador garantiu ainda que em Tóquio não se sentiu qualquer efeito da forte explosão que foi hoje sentida perto do reator número 1 da central nuclear de Fukushima (que fica a 350 kms a norte de Tóquio), onde o nível de radioatividade aumentou de forma alarmante.



"O Governo nipónico decretou que, num raio de 1 km à volta do reator, as pessoas fossem evacuadas e que num raio de 20 km os habitantes se dirigissem aos centros de acolhimento, previamente indicados e que todos conhecem bem porque já lá realizaram treinos", acrescentou.



Quanto aos cidadãos portugueses que vivem perto da região, o embaixador disse que há poucos e que já tem conhecimento que estão bem.



Lusa