"Caso se trate de uma conspiração estrangeira vamos esmagá-los, caso se trate de uma conspiração interna também vamos esmagá-los", afirmou, qualificando os rebeldes como "ratos e cães esfomeados".
"Os colonizadores serão vencidos, a França será vencida, a América será vencida, a Grã-Bretanha será vencida", afirmou o "Guia da revolução" líbia.
"Estamos determinados a esmagar os inimigos", assinalou.
"O povo líbio triunfará, a liberdade triunfará", sublinhou, acrescentando: "estamos determinados a preservar a unidade da Líbia mesmo que isso nos custe a vida".
Segundo Kadhafi, "a Liga Árabe acabou".
A Liga Árabe apelou, sábado, ao Conselho de Segurança da ONU para autorizar uma zona de exclusão aérea na Líbia, para impedir a aviação líbia de bombardear civis e rebeldes, considerando que o regime de Kadhafi "perdeu a sua legitimidade" devido às "violações perigosas" cometidas contra o seu povo.
Dirigindo-se aos políticos que lhe pedem para partir, o coronel Kadhafi afirmou: "são vocês que devem deixar os vossos povos viver em liberdade. Desafio-os a darem liberdade aos vossos povos como eu fiz com o povo líbio".
Kadhafi, que falou calmamente, afirmou igualmente que "todo o povo líbio está pronto a lutar para proteger o petróleo".
ONU debate zona de exclusão aérea
O projeto de resolução, prevendo o estabelecimento da Zona de Exclusão Aérea e alargamento de sanções a elementos do regime de Kadhafi foi apresentado aos membros do Conselho terça-feira à tarde pelo Reino Unido, França e Líbano.
À saída do encontro, o embaixador libanês na ONU, Nawaf Salam, rejeitou que, a ser aprovada, a resolução do Conselho possa ser qualificada como uma intervenção militar estrangeira na Líbia.
"Aquilo que a Líbia e a Liga Árabe pretendem (...) é uma ZEA que esperamos ter um efeito dissuasor, sem necessidade de uso de força militar", adiantou.
"Esperamos que tenha um efeito dissuasor para o regime não usar os aviões para atacar áreas de civis", disse Salam, sublinhando que a resolução "não pode ser qualificada como intervenção estrangeira de maneira nenhuma".
Alguns membros do Conselho, nomeadamente a Rússia que tem poder de veto enquanto membro permanente, mostram-se céticos em relação ao conteúdo da resolução, levantando dúvidas em particular quanto à forma de imposição da Zona de Exclusão Aérea.