"Celibatário", o suspeito apresenta-se ainda como diretor de uma quinta biológica que lhe poderia dar acesso a produtos químicos suscetíveis de serem utilizados na confeção de explosivos. Pelo menos 91 pessoas morreram sexta-feira na sequência da explosão de uma bomba perto da sede do governo norueguês, à qual se seguiu um tiroteio num encontro de jovens numa ilha perto de Oslo.
A polícia anunciou hoje a detenção de um suspeito pelos ataques, mas recusa-se a identificá-lo, tendo apenas afirmado que se trata de um "fundamentalista cristão".
Os meios de comunicação noruegueses identificaram o suspeito como sendo Anders Behring Breivik e apresentam-no como um "elemento de extrema-direita", "nacionalista" e proprietário de várias armas, entre as quais um fuzil automático.
As suas intervenções num site norueguês testemunham as suas raízes nacionalistas e a sua hostilidade para com uma sociedade multicultural. Na sua casa, a polícia terá encontrado mensagens com conteúdos ultra-nacionalistas e anti-muçulmanos. No entanto, os motivos dos ataques continuam a ser um mistério para os investigadores, tendo em conta que os alvos eram cidadãos noruegueses. "Ele tem traços políticos inclinandos para a direita e é anti-muçulmano, mas é muito cedo para dizer se isso foi um motivo para sua ação", disse o comissário de polícia, Sveinung Sponheim.
Aparentemente, Anders Behring Breivik atuou sozinho, mas a polícia não descarta a possibilidade de ter cúmplices.
Um polícia que não se quis identificar disse que "aparentemente estes ataques não estão relacionados com terrorismo islâmico". "Parece mais ser um ato de um louco", frisou.
A última mensagem que Anders Behring Breivik publicou no Twitter remonta a 17 de julho e é uma citação de um filosofo inglês, John Stuart Mill: "Uma pessoa com uma crença tem tanta força como 100 mil pessoas que não têm mais do que interesses".
Lusa