"Não aceito a prisão. Exijo ser libertado imediatamente", declarou Breivik, de 32 anos, durante uma audiência no tribunal de Oslo, que deverá hoje ordenar o prolongamento da detenção provisória do extremista de direita.
Durante a audiência, as famílias das vítimas e os sobreviventes dos ataques presentes na sala do tribunal reagiram de forma efusiva quando Breivik pediu, por duas ocasiões, a "libertação imediata".
Segundo o extremista de direita, o massacre de 22 de julho foi "um ataque preventivo contra os traídos da pátria", tendo sido cometido para "defender a população de origem norueguesa".
Breivik, opositor da multiculturalidade e da "invasão muçulmana" na Europa, foi o autor do atentado à bomba contra a sede do Governo norueguês e de um tiroteio na ilha de Utoya, perto de Oslo, a 22 de julho do ano passado.
Os dois ataques causaram 77 mortos, na maioria jovens que participavam num acampamento da Juventude Trabalhista, na ilha de Utoya.
Behring Breivik reconheceu a autoria dos ataques, mas recusou declarar-se culpado.
Atualmente em detenção provisória, Behring Breivik espera o início do julgamento a 16 de abril.
Em novembro do ano passado, Breivik foi declarado inimputável por dois especialistas psiquiátricos, decisão que acabaria por ser fortemente contestada na Noruega e que conduziu à ordenação por parte do tribunal de uma nova avaliação psiquiátrica.
Lusa