"Assassino! Mataste o meu irmão! Vai para o inferno!", gritou várias vezes em inglês o indivíduo, que foi retirado da sala, onde decorria a 17ª sessão do julgamento, por vários agentes da polícia, informou a televisão pública norueguesa NRK.
O sapato não atingiu Breivik, mas a advogada deste, Vibeke Hein Baera.
Várias pessoas, presentes na sala, aplaudiram. Outras choraram. Na sala estavam familiares das vítimas e sobreviventes dos atentados, de acordo com a edição digital do diário norueguê VG.
A juíza principal, Wenche Elizabeth Arntzen, decretou uma duspensão temporária da audiência e o julgamento prosseguiu minutos depois.
A audiência de hoje foi consagrada às autópsias das últimas vítimas da ilha de Utoya, a oeste de Oslo e onde Breivik atacou um acampamento da Juventude Trabalhista, do qual resultaram 69 mortos.
Por ordem do tribunal, não é permitido difundir imagens de grande parte do julgamento, incluindo a apresentação das autópsias.
Breivik, opositor da multiculturalidade e da "invasão muçulmana" na Europa, foi o autor do atentado à bomba contra a sede do Governo norueguês e de um tiroteio na ilha de Utoya, perto de Oslo, a 22 de julho do ano passado.
Os dois ataques causaram 77 mortos, principalmente jovens que participavam num acampamento da Juventude Trabalhista, na ilha de Utoya.
O julgamento de Breivik, de 33 anos, começou a 16 de abril na capital norueguesa.
Lusa
