A australiana chegou, no sábado, a Quito, onde tem agendado para segunda-feira um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, Ricardo Patio, para tratar do pedido de asilo efetuado pelo filho ao país sulamericano.
Julian Assange "poderá enfrentar pena de morte ou muitíssimos anos na prisão com torturas, como estão a fazer atualmente com Bradley Manning", afirmou em declarações citadas pela edição eletrónica do jornal "El Ciudadano".
Manning, um soldado norte-americano de 24 anos, é acusado de ter transmitido ao Wikileaks, entre novembro de 2009 e maio de 2010, documentos militares norte-americanos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão.
O jovem está preso há mais de dois anos, arriscando uma pena de prisão perpétua se for declarado culpado de ajudar o inimigo, a mais grave das 22 acusações que pendem contra si.
Segundo a mãe do fundador do portal WikiLeaks, Manning tem sido alvo de torturas na prisão. "Se o fazem a um cidadão americano, terão mais escrúpulos em fazê-lo a um estrangeiro?", questionou.
Christine Assange agradeceu ainda ao Equador por tratar bem do filho. "Estou grata pelas instalações que o Equador ofereceu ao meu filho em Londres", disse, sem adiantar detalhes sob o pedido de asilo de Julian Assange.
"Isso será uma decisão do governo do Equador. Certamente que o presidente
1/8Rafael Correa 3/8 e os seus colaboradores tomarão a melhor decisão", aditou.
O Equador está a ainda a avaliar o pedido de asilo formulado pelo fundador do WikiLeaks, que permanece há mais de um mês na sua embaixada em Londres, onde se refugiou para evitar a extradição para a Suécia.
Assange é alvo de um mandado de detenção europeu para responder a acusações de duas mulheres na Suécia de violação e agressão sexual em 2010, as quais sempre contestou alegando que as relações foram consentidas.
O fundador do WikiLeaks receia que se for extraditado para a Suécia possa depois ser extraditado para os Estados Unidos para ser julgado por espionagem pela publicação de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos pelo seu portal.
Lusa