Às 11:02 de hoje (03:03 em Lisboa), hora em que a bomba atómica explodiu sobre Nagasaki, em 1945, milhares de pessoas cumpriram um minuto de silêncio, no Parque da Paz, em memória das vítimas do ataque nuclear, que causou a morte a cerca de 70 mil pessoas.
Na ocasião, o presidente do município de Nagasaki, Tomihisa Taue, apelou à comunidade internacional para avançar no sentido da proibição das armas atómicas e pediu ao Governo japonês para rever a sua política energética e abandonar a aposta na energia nuclear, depois do acidente na central de Fukushima.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, garantiu, como há três dias em Hiroshima, que o seu Governo procurará a médio e longo prazo um sistema energético mais seguro para os japoneses, através de uma "política baseada na redução da dependência da energia nuclear".
Noda reiterou que o Japão, o único país do mundo que sofreu ataques nucleares, deverá liderar o debate internacional sobre o desarmamento nuclear e a não proliferação de armas nucleares.
Na cerimónia participaram representantes de cerca de 40 países, entre os quais embaixadores no Japão dos EUA, França e Reino Unido, países que têm armas nucleares.
O lançamento da bomba "Fat Man" sobre Nagasaki a 09 de agosto de 1945 foi o segundo ataque nuclear da história, depois de os EUA terem lançado três dias antes outra bomba atómica sobre Hiroshima, no sul do Japão, que causou milhares de mortos.
De acordo com os dados da cidade de Nagasaki, em março deste ano havia 39.324 sobreviventes da bomba atómica, conhecidos no Japão como "hibakusha", com uma idade média de 77,5 anos.
Lusa