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Polícia brasileira procura narcotraficantes e drogas em favelas ocupadas

Mais de mil efetivos da Polícia  Militar do Rio de Janeiro, apoiados por seis helicópteros e 11 blindados  da Marinha, percorrem hoje as ruas das favelas de Manguinhos e Jacarezinho  em busca de armas, drogas e narcotraficantes. 

MARCELO SAYAO

A busca ocorre após a completa ocupação das duas zonas, iniciada às  05:00 (09:00 em Lisboa), no âmbito da Operação de Pacificação de Manguinhos,  que levará à implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no  terreno. 

A polícia entrou nas duas favelas sem que nenhum incidente grave fosse  registado. Logo à chegada dos agentes, houve uma pequena troca de tiros,  mas não há registo de feridos, de acordo com as primeiras informações oficiais.

Equipas especializadas utilizam retroescavadoras para retirar barreiras  colocadas para tentar impedir a chegada dos agentes. 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a operação conta com  900 efetivos da Polícia Militar, além do apoio da Polícia Civil, Polícia  Federal e de mais de 200 fuzileiros navais. 

Outros 400 polícias militares operam nas proximidades do local - Baixada  Fluminense e regiões norte e oeste da cidade - para evitar a fuga de traficantes,  enquanto assistentes sociais atuam nas cercanias para apoiar consumidores  de "crack", que se tornaram comuns na região.  

Após o início do processo de pacificação das favelas cariocas, em dezembro  de 2008, Manguinhos tornou-se no principal reduto de narcotraficantes do  Rio de Janeiro.  

Na zona vivem mais de 36 mil pessoas, indicam dados do Instituto Pereira  Passos.  

Numa ação preliminar, realizada no sábado, em redor complexo, cinco  suspeitos foram mortos. 

  Lusa