Num comunicado, o Foreign Office sublinha que "deplora" a intenção do Governo israelita de construir 3.000 novas casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental anunciada na sexta-feira, que se seguiu à atribuição pela ONU do estatuto de Estado observador à Palestina.
O ministério britânico sublinha que o embaixador israelita, Daniel Taub, foi convocado hoje de manhã pelo vice-ministro para o Médio Oriente, Alistair Burt.
As mesmas razões levaram também o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês a convocar o embaixador israelita em Paris, Yossi Gal.
O porta-voz da embaixada israelita em Paris afirmou que Yossi Gal já estava na sede do ministério francês.
Anteriormente, o jornal israelita Haaretz, citando fontes diplomáticas de vários países europeus, informava hoje que o anúncio israelita feito na sexta-feira, que se seguiu ao reconhecimento da ONU à Palestina do estatuto de Estado observador, provocou grande irritação em várias capitais europeias, que não se limitaram a condenar os factos, mas tomaram medidas diplomáticas mais duras.
A irritação deve-se não tanto à construção de novas casas para colonos judeus, mas sobretudo o denominado E1, que pretende unir colonatos em Jerusalém Leste com o de Maale Adumín, impedindo a continuidade territorial da Cisjordânia e tornando inviável o estabelecimento de um Estado palestiniano.
A construção do projeto E1 é uma "linha vermelha" para a França e para o Reino Unido, assegura o Haaretz.
Além da ampliação de colonatos, Israel anunciou no domingo a confiscação de 460 milhões de dólares do dinheiro de impostos que arrecada em nome da Autoridade Nacional Palestiniana e que está obrigado a transferir, segundo os acordos de paz de Oslo.
Lusa