Os membros da expedição fizeram um buraco no gelo e aí colocaram a "Bandeira do Futuro", juntamente com uma cápsula de vidro onde estão 2,7 milhões de assinaturas contra a exploração do Ártico.
A bandeira e a cápsula foram colocadas a quatro quilómetros de profundidade, perto do local onde, em 2007, um minissubmarino russo causou controvérsia por ter posto uma bandeira russa no fundo do oceano Ártico.
A ação da Greenpeace contou com a presença do ator Ezra Miller, da representante do parlamento sami( na Suécia) Josefina Skerk, e Renny Bijoux das ilhas Seicheles. "Estamos aqui para dizer que esta área especial do Ártico não pertence a nenhuma pessoa nem a nenhuma nação, é antes uma herança comum de todos na Terra", afirmou Josefina Skerk referindo-se solidária com os povos indígenas do Ártico, "cujo modo de vida está a ser ameaçado pela ganância desenfreada da indústria".
Segundo a Greenpeace, o Ártico está em perigo devido às mudanças climáticas e às empresas de petróleo, à pesca industrial e ao transporte, até porque gigantes do petróleo como a Shell e a Gazprom estão a mudar-se para zonas anteriormente cobertas por gelo.
O interesse das multinacionais no Ártico deve-se sobretudo à capacidade de armazenamento daquela região. Segundo o instituto geológico dos Estados Unidos, o fundo do mar no Ártico pode albergar 90 mil milhões de barris de petróleo e manter ainda por descobrir 30% dos recursos mundiais de gás.
"O degelo é uma catástrofe e não uma oportunidade de lucro. Vê-lo como tal é uma loucura total", sublinhou o ator Ezra Miller.
O Conselho do Ártico, um organismo composto pelas autoridades estatais que estão presentes no Ártico, realizou a sua primeira reunião durante a expedição no Polo Norte.
A Greenpeace disse que Josefin Skerk solicitou uma reunião com o grupo, mas foi recusada.
Com Lusa