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Prefeito do Rio de Janeiro diz que é preciso distinguir vândalos de manifestantes pacíficos

O presidente da Câmara do Rio de Janeiro,  Eduardo Paes, afirmou hoje ser preciso diferenciar os vândalos, que cometeram  atos de violência, da grande maioria de manifestantes pacíficos e não deixar  que marquem um protesto "histórico". 

© Ueslei Marcelino / Reuters

"Esses grupos  (que vandalizaram o património público) são minoria, mas  por sua atuação negativa acabam marcando o que é um movimento democrático.  A gente precisa diferenciar e não permitir que esses atos de vandalismo  marquem uma manifestação histórica para a cidade", afirmou o autarca esta  amanhã em conferência de imprensa. 

Eduardo Paes apresentou o balanço dos danos provocados pela confusão  de quinta-feira, que terminou com 62 feridos, dez pessoas detidas e cinco  presos. 

Informou ainda que foram destruídos 98 semáforos, 31 placas de trânsito,  46 placas de identificação de ruas, 62 abrigos de autocarros, cinco relógios  de rua e 340 lixeiras. 

O grupo radical também depredou lojas, agências bancárias, prédios públicos  e áreas de lazer, entre elas a casa de espetáculos conhecida como Terreirão  do Samba e grades e portões do setor 1 e 3 do Sambódromo, local emblemático  na cidade onde tradicionalmente ocorrem os desfiles do Carnaval. 

Novos protestos são esperados hoje em diferentes pontos do Rio de Janeiro,  incluindo municípios da Região Metropolitana. 

Em Brasília, a Presidente Dilma Rousseff encerrou a reunião com o ministro  da Justiça, Eduardo Cardozo, mas não tinha feito declarações à imprensa  até ao início da tarde. 

Os protestos começaram no início de junho em São Paulo, exclusivamente  contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se  a outras cidades no Brasil e de outros países. 

A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem  pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre  quais corrupção e a falta de transparência.  

Em particular, as manifestações criticam os elevados gastos com a organização  de eventos desportivos como o Mundial2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,  em detrimento de outras áreas como a saúde e a educação.  

Lusa