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Bolívia chama diplomatas para explicarem incidente com o avião de Evo Morales 

O governo boliviano convocou hoje os embaixadores  de Espanha, França e Itália e o cônsul de Portugal para darem explicações  sobre o incidente, na semana passada, com o avião do presidente Evo Morales.

(Reuters)
© Stringer . / Reuters

A ministra da Comunicação da Bolívia, Amanda Dávila, afirmou em conferência  de imprensa que os diplomatas foram convocados hoje pelo Ministério dos  Negócios Estrangeiros para darem explicações sobre o ocorrido. "Esta convocatória tem como objetivo expressar o nosso protesto oficial  aos governos desses países acerca do sucedido", disse a ministra, citada  pela EFE. 

O presidente boliviano, que regressava a La Paz após uma viagem à Rússia,  foi obrigado a uma escala forçada de 13 horas em Viena, na terça-feira à  noite, depois dos quatro países terem recusado o sobrevoo do seu território  ou a aterragem para uma escala técnica do avião de Morales. 

Na própria noite do incidente, o chefe da diplomacia boliviana, David  Choquehuanca, afirmou em conferência de imprensa que essa recusa foi suscitada  por "suspeitas infundadas" de que Edward Snowden, ex-consultor da CIA acusado  de espionagem pelos Estados Unidos, estaria a bordo. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português afirmou em comunicado  que a aterragem em Portugal, solicitada para o percurso de regresso Moscovo/La  Paz, foi "cancelada por considerações técnicas". 

Nas ruas de La Paz, centenas de pessoas manifestaram-se hoje contra  os quatro países envolvidos no incidente diplomático com a Bolívia. 

Evo Morales anunciou no passado sábado que, se Snowden quiser, a Bolívia  está disposta a conceder-lhe asilo político, em retaliação à 'ofensa' que  recebeu dos países europeus. 

 

     

 

Lusa