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Milhares protestam em Moscovo e São Petersburgo contra condenação de opositor

Cerca de 3.000 pessoas juntaram-se hoje junto  aos muros do Kremlin, em Moscovo, para protestar contra a condenação do  opositor Alexei Navalny e várias foram identificadas pela polícia quando  tentaram entrar numa praça entretanto encerrada. 

© Grigory Dukor / Reuters
© Tatyana Makeyeva / Reuters
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Segundo a agência France Presse, a Praça do Manege foi fechada ao público  pela polícia no momento em que apoiantes de Navalny começavam a afluir para  um protesto previsto para as 19:00 locais (16:00 em Lisboa). A Praça Vermelha,  perto dali, também foi encerrada. 

A polícia moscovita indicou que não foi pedida qualquer autorização  para uma manifestação e vários manifestantes foram detidos para identificação,  segundo a televisão Dojd, considerada próxima da oposição, e a rádio Eco  de Moscovo. 

Cerca de 3.000 pessoas juntaram-se nas imediações das duas praças gritando  "Liberdade!", depois da condenação de Navalny num processo denunciado pela  oposição como "repressão política". "Isto impressiona-me, tenho lágrimas nos olhos e as pernas dormentes.  Ele era alguém que as pessoas seguiam", disse um dos manifestantes, Vladimir  Ivanov, músico, à France Presse. 

Várias personalidades ligadas à oposição, como o líder do partido Iabloko,  Serguei Mitrokhin, e o escritor Boris Akunin, anunciaram que vão participar  na manifestação. Em São Petersburgo, segunda cidade da Rússia, cerca de 2.000 pessoas  juntaram-se numa avenida do centro com cartazes com a fotografia de Alexei  Navalny. Alguns gritavam frases como "Putin é um ladrão!". 

Vários manifestantes levavam emblemas com a frase "O processo contra  Navalny é um processo contra mim". "Vim porque o desrespeito pela lei reina no país", disse Anton Krylov,  25 anos. "Quero pelo menos mostrar, de alguma maneira, que não concordo  com isto". 

Alexei Navalny, 37 anos, advogado e 'blogger' que se tornou conhecido  por revelar casos de corrupção e que liderou o movimento de protesto contra  o presidente Vladimir Putin, foi condenado a cinco anos num campo de trabalho  por desvio de dinheiro, condenação que já foi criticada pela União Europeia,  Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido. 

     

Lusa