Fontes das forças de segurança egípcias indicaram que uma pessoa foi morta e pelo menos dez foram feridas, tendo ainda havido destruição em edifícios comerciais.
Os confrontos ocorreram quando a tensão não para de aumentar perante uma possível intervenção das autoridades para dispersar os milhares de apoiantes de Morsi que ocupam duas praças no cairo.
Uma das manifestações degenerou por momentos em violência nas redondezas do Ministério dos Bens Religiosos, onde se registaram confrontos entre apoiantes do ex-chefe de Estado islamita e residentes do centro do Cairo, o que levou a polícia a disparar granadas com gás lacrimogénio.
Este braço de ferro com o poder, instalado pelas forças armadas, que se comprometeu a esvaziar as praças Rabaa al-Adawiya e Nahda dos milhares de islamitas que aí acampam há mais de um mês, com mulheres e crianças, está a inquietar a comunidade internacional, que receia um banho de sangue.
Desde que expirou no domingo um ultimato dado pela polícia, os islamitas têm apelado a manifestações no Egito para manter a pressão sobre as novas autoridades e exigir o regresso à Presidência de Morsi, primeiro Presidente egípcio eleito democraticamente, destituído e detido pelas forças armadas em 3 de julho.
Lusa