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Irão rejeita acusações da oposição sobre ataque químico na Síria

O Irão, principal aliado regional da Síria, rejeitou hoje as acusações da oposição sobre o uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad num ataque realizado na quarta-feira nos arredores de Damasco, noticiou a agência oficial Irna.

© Ho New / Reuters

"Se a informação relativa à utilização de armas químicas é correta,  certamente elas foram usadas pelos grupos terroristas e takfiris (extremistas  sunitas) que mostram que não recuam perante nenhum crime", disse o chefe  da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, em alusão aos rebeldes que  pretendem a queda do regime sírio. 

"Enquanto os inspetores das Nações Unidas estão em Damasco e o Governo  sírio está a fazer recuar os terroristas, como poderiam eles cometer tal  ato?", questionou o chefe da diplomacia iraniana. 

Mohammad Javad Zarif acusou os grupos rebeldes sírios, afirmando que  os "grupos terroristas têm todo o interesse em agravar e internacionalizar  a crise". 

Por outro lado, precisou que o Irão estava "em contacto com o Governo  sírio para examinar os diferentes aspetos da questão", e vincou que Teerão  "condena vigorosamente qualquer utilização de armas químicas". 

Na quarta-feira, Washington pediu uma "investigação urgente" da ONU  depois das acusações da oposição síria sobre um ataque químico de grande  escala que terá feito 1.300 mortos, segundo os rebeldes. 

O Conselho de Segurança da ONU foi, no entanto, incapaz de chegar a  acordo para pedir formalmente uma investigação ao ataque químico.