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Presidente francês aponta ao regime sírio responsabilidade pelo ataque químico 

O Presidente francês, François Hollande afirmou  hoje existirem "evidências" a indicar que o ataque de quarta-feira perto  de Damasco seria "de natureza química" e que "tudo levava a considerar"  que o regime sírio era "responsável".  

© Christian Hartmann / Reuters

Em comunicado, a presidência francesa refere que o Presidente analisou  com o primeiro-ministro australiano Kevin Rudd o 'dossier' sírio. 

François Hollande disse haver um conjunto de "evidências a indicar que  o ataque de 21 de agosto foi de natureza química e que tudo levava a considerar  o regime sírio como o responsável por este ato inqualificável".   

O Presidente francês pediu que os inspetores das Nações Unidas tenham  acesso "sem demora e sem restrição alguma aos locais" atingidos pelos ataques.

O chefe de Estado salientou "a qualidade da cooperação com a Austrália,  que vai ter a presidência do Conselho das Nações Unidas em setembro de 2013,  e a determinação da França a não deixar este ato impune". 

A oposição acusa o poder sírio de ter recorrido a gases tóxicos nos  ataques à região de Damasco, na quarta-feira, e refere mais de mil mortos  em consequência destas ações.     

O Observatório sírio dos Direitos do Homem, que se baseia num conjunto  de fontes médicas e militares anti-regime, anunciou ter contabilizado 322  mortos devido a gás tóxico dos quais 54 são crianças. 

A organização Médicos sem Fronteiras afirmou no sábado que, segundo  os seus contactos na Síria, 355 pacientes "a apresentar sintomas neurotóxicos"  morreram nos hospitais da região de Damas desde quarta-feira e 3.600 pessoas  estavam a ser tratadas.   

 

     

 

Lusa