Barack Obama falava durante uma reunião na Casa Branca com os líderes republicanos e democratas do Congresso norte-americano.
O chefe de Estado norte-americano anunciou no sábado que ia pedir a autorização do Congresso para efetuar uma ação militar contra o regime de Bashar al-Assad.
Durante a reunião de hoje, o líder norte-americano pediu uma votação "rápida" no Congresso, realçando os contornos da eventual ofensiva militar.
"Quero enfatizar uma vez mais que o que estamos a planear é limitado, proporcional", afirmou Obama, sublinhando que a ação irá reduzir a capacidade do regime de Assad.
O Presidente também agradeceu aos legisladores pela disponibilidade manifestada para realizar a votação sobre esta matéria "logo que o Congresso regresse aos trabalhos na próxima semana".
O Comité das Relações Exteriores do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) vai realizar hoje uma audiência para estudar a autorização solicitada por Obama, na qual vão participar o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, e o secretário da Defesa, Chuck Hagel.
"Acredito que é apropriado que atuemos sem precipitações, mas também acredito que todo o mundo reconhece a urgência e que vamos ter de agir com uma relativa rapidez", referiu Obama no encontro, que contou com a presença, entre outros, do presidente da Câmara de Representantes (câmara baixa do Congresso), o republicano John Boehner.
Obama sublinhou que Assad "deve ser responsabilizado" pelo uso de armas químicas, ação que as autoridades de Washington consideram estar provada, porque isso "representa uma ameaça grave para a segurança dos Estados Unidos e para a região".
Perante a oposição do povo norte-americano à intervenção no território sírio, segundo revelam as sondagens de opinião, o Presidente norte-americano salientou que a Síria "não é o Iraque" e "não é o Afeganistão".
"Não irá envolver tropas no terreno", garantiu.
Barack Obama também assegurou que a administração norte-americana tem "uma estratégia mais ampla" para "melhorar a capacidade da oposição" na Síria e continuar com a "pressão diplomática" com o objetivo de devolver a paz e a estabilidade ao país.
O líder norte-americano mostrou-se ainda disponível para negociar os termos do projeto de resolução enviado pela Casa Branca ao Congresso no passado sábado.
Alguns membros do Congresso comentaram que a resolução é demasiado abrangente e defendem uma maior especificação da autorização para restringir o envolvimento dos Estados Unidos.
Lusa